A Casa Civil, em qualquer governo, é centro nevrálgico. A partir dela, através do diálogo, do bom relacionamento, das boas práticas da política, do cuidado com o que se fala e se põe em execução; com atenção especial aos parlamentares e aos demais poderes, é que se faz um relacionamento positivo em benefício da população. O Governo e aqueles com quem ele tem que conversar, alinham intenções e trabalham juntos, se não houver confrontos. Na reta final do governo Confúcio Moura, é sempre bom lembrar o quanto foi importante o papel do então chefe da Casa Civil, Emerson Castro. Depois, Eurípedes Miranda assumiu no curto período em que Daniel Pereira governou e continuou no mesmo caminho. Marcos Rocha começou com o experiente Pedro Pimentel na sua Casa Civil, mas ele teve problemas de saúde e de acúmulo de trabalho, à frente de duas importantes secretarias. Foi convocado então o jovem Júnior Gonçalves, empresário, publicitário e um dos companheiros de primeira hora da campanha de Rocha, para assumir o complexo posto. Os primeiros dias foram de surpresa e dúvidas. Como atuaria alguém sem experiência nas práticas da política? Como os deputados, alguns reeleitos, outros também novatos, receberiam esse nome que surgiu da manga do Coronel Governador, para um posto chave do seu governo? Não foram fáceis os primeiros dias. Até maio, por exemplo, o Governo tinha conseguido aprovar apenas 10 projetos na Assembleia. As coisas pareciam que não andariam bem no relacionamento entre o Palácio Rio Madeira/CPA e o Palácio Marechal Rondon, prédio que sedia a Assembleia.
Começaram os encontros, as conversas, o diálogo foi se ampliando. Júnior mostrou estar preparado para o desafio. Teve, além da carta branca dada pelo Governador (com quem tem uma ligação de amizade e extrema fidelidade), outra mão importante a apoiá-lo: a do presidente da Assembleia, Laerte Gomes, que jamais colocou quaisquer interesses acima dos da população. Fofocas de corredores, tão comuns nos governos como o tradicional fogo amigo, já tentaram desestabilizar a equipe da Casa Civil e, por consequência, desestabilizar o Governo. O problema, para os críticos e opositores, são os resultados extremamente positivos conseguidos em tão pouco tempo. A partir de junho, quando as coisas começaram a andar mesmo e até esse janeiro, quando a Assembleia já realizou sessão extraordinária para votar – e aprovar – projetos do Executivo, os números foram multiplicados várias vezes. Lembremo-nos que nos primeiros cinco meses de Rocha à frente do Estado, só uma dezena de projetos governistas foi aprovada. De lá para cá, ou seja, em oito meses, 160 projetos foram votados pelos deputados, com aprovação da imensa maioria. Diálogo, bom senso, prioridade aos interesses da coletividade, de ambos os lados – Executivo e Legislativo – deram esses resultados. Há que se convir que o trabalho de Júnior Gonçalves está indo muito bem. A menos que cometa erros e faça alguma coisa fora do normal, o jovem Gonçalves está se saindo muito melhor que a encomenda, nessa função crucial. Vamos ver se segue os mesmos passos daqui em diante.
A OPOSIÇÃO VAI SER DURA! - Aliás, em relação ao governo Marcos Rocha, a oposição até que não foi muito atuante em seu primeiro ano. Os maiores problemas que ele teve, na verdade, vieram de dentro do seu próprio partido, como o racha que o separou do deputado federal Coronel Chrisóstomo e do empresário vilhenense Jaime Bagatolli. Esse ano, contudo, tende a ser bem diferente. Ano eleitoral, a oposição já começou a usar, principalmente parte da mídia, para atacar o governo. Por enquanto, ainda com um ou outro golpe menos sério, apenas uns “jabs”, como se diria na narração de uma luta de boxe. Mas que o Palácio Rio Madeira não se engane: vem chumbo grosso por aí. Incluindo alguns ataques daqueles que são considerados golpes abaixo da linha da cintura. É fundamental que a administração estadual apresse seus projetos, concretize obras, melhore as estradas, continue mantendo a saúde pública em alta. Porque, se fizer tudo isso, já vai levar pauleira dos adversários. Imaginem se não o fizer!
O MDB SE MEXE EM TODO O ESTADO - Enquanto o MDB da Capital se une em torno do nome de Walter Waltenberg para a Prefeitura, no interior é o senador Confúcio Moura e o deputado federal Lúcio Mosquini quem estão correndo para encontrar candidatos de peso e formar nominatas que façam crescer o partido em todas as regiões de Rondônia. A dupla anda fazendo uma verdadeira maratona, cumprindo intensa agenda em busca de adesões e filiações de novas lideranças, pensando, é claro, no fortalecimento da sigla para as eleições de outubro próximo. Toda essa mobilização, além do processo eleitoral. Confúcio e Lúcio querem lançar candidatos em todas as cidades e fazer composição com outros partidos neste ano. A intenção, no fundo, é poder fazer uma transição política pacífica, no comando do partido, agora que Confúcio assumiu a vice presidência do MDB nacional e tem como objetivo, neste contexto, reorganizar o partido também em Rondônia.
MUDANÇAS AINDA PODEM DEMORAR - “Estamos fazendo um trabalho de mobilização do MDB em nível de Estado”, afiança o deputado Lúcio Mosquini. Segundo ele, que é líder da bancada federal no Congresso, “as agendas são divididas e organizadas com as lideranças regionais, como os deputados Lebrão, Jean Oliveira, Edson Martins e Ezequiel Neiva”. Lucio e Confúcio, como sempre vão andar nos 52 municípios de Rondônia para mobilizar o partido”. A verdade é que uma transformação na estrutura atual, só acontecerá quando os diretórios municipais a serem criados, tiverem uma maioria de membros escolhidos pelos que foram eleitos em 2018. Por enquanto, não há previsão de mudança no comando do partido. O presidente regional ainda é o ex senador Valdir Raupp, que está licenciado. Interinamente, já há quase dois anos, assumiu o ex prefeito e ex deputado Tomás Correa.
A AMAZÔNIA MUDA DE MÃOS... - Quem manda nas questões ambientais são as ONGs nacionais e internacionais e os porta vozes da esquerda. Nada que não seja dito ou alardeado por essas duas vertentes – que na maioria dos casos são uma só – tem valor, tanto para a mídia nacional quanto para grande parte da imprensa estrangeira. Acostumados a decidirem o que é bom ou não para a Amazônia, recebendo milhões de dinheiro público (embora jurem que são organizações não governamentais) e de governos estrangeiros, toda essa gente se habituou a viver de alguns problemas reais, mas muito mais de tragédias inventadas e crises superlativas, enriquecendo sob o medo. Como pano de fundo, muito dinheiro que jorra em torno das questões ambientalistas e os interesses pelo enorme volume de minérios que deveria ser só nosso. Desde que assumiu o poder, o presidente Bolsonaro tem sido mote da ojeriza de toda essa gente, grande parte dela se vendo obrigado a trabalhar, já que secou as tetas onde mamava. Agora, infelizmente, para todos eles, as coisas vão piorar muito mais...
GENERAL MOURÃO: ELE CONHECE! - O motivo? A decisão de Bolsonaro de criar o Conselho da Amazônia e Força Nacional Ambiental, que atuará em toda a região, combatendo invasões, queimadas, destruição, invasões e, embora não esteja explicito, certamente a presença dos dominadores estrangeiros, que mandam tanto em algumas áreas que, quem falar o Português, está proibido de entrar nelas. As más notícias para esse pessoal que mamou nas tetas do ambientalismo durante décadas, dominando a tudo e a todos, impedindo o desenvolvimento da região; discursando em nome dos índios, quando as crianças indígenas ainda morrem de fome nas aldeias, não terminam aí. Quem Bolsonaro designou para comandar toda essa nova estrutura, que começa a agir em breve? O General Mourão, que não é só seu vice-presidente, mas é, também, um dos militares que mais conhecem a verdadeira face da Amazônia e toda a sua importância. Obviamente que a mídia que também se alimenta da desgraça ambiental, já encheu a ideia de críticas. Muitos dos que também vão perder as mamatas – não são todos, é claro, porque há ONGs sérias e que ajudam o País - também estão ficando sem poder e sem dinheiro. Para esse tipo de malandro, vai a frase: “Vade retro, canalhada!”
A IMPUNIDADE INCENTIVOU NOVO INCÊNDIO - No ano passado, presos em regime semiaberto de Cerejeiras, cidade do interior de Rondônia, incendiaram suas celas. Foram então “presenteados” com decisão para que cumprissem prisão domiciliar, até que as celas fossem reformadas. Parece inacreditável, mas não é. Os criminosos conseguiram seu intento. Agora, poucos meses depois, certos de teriam o mesmo resultado, 27 condenados no semiaberto fizeram o mesmo. Ora, se aqueles do ano passado ganharam um presentaço, mesmo depois de terem, criminosamente, posto fogo no presídio, por que o mesmo não aconteceria agora? Todos exigiam (e essa é a palavra), cumprir prisão domiciliar e ponto final. Mais uma vez ficou claro: a impunidade incentivou novos crimes. Deram-se mal, dessa vez, porque o juiz das execuções penais não aceitou a chantagem. Mandou que todos os malandros incendiários sejam transferidos para uma prisão fechada. Isso sim é que é fazer cumprir a lei e proteger a sociedade da marginália. Dar presente para bandido, mesmo depois que ele tenha cometido mais crimes, é um acinte que não se pode aceitar...
PERGUNTINHA - Você acha que com a presença de uma Força Nacional Ambiental, os malandros que acham que mandam na Amazônia vão continuar impunemente a alardear mentiras e catástrofes sobre a floresta?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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