Não faltaram alto astral, bom humor e otimismo na fala do governador Marcos Rocha, quando ele fez um resumo das principais realizações – mas também dos problemas – que enfrentou nesse período inicial do seu governo. Rocha transmite tranquilidade quando fala. Não ergue a voz, não extrapola, não exagera. Com o mesmo tom, lamentou que recebeu o Governo com um buraco de 400 milhões de reais – e está correndo atrás para resolver; comemorou uma economia de mais de 95 milhões de reais ( não cerca de 200 milhões, como informara informalmente uma fonte palaciana, dias atrás), apenas fazendo o que chamou de “economia inteligente, cortando gastos desnecessários e contratos sem importância vital para o Estado, como foi exatamente o mesmo tom que usou nas respostas que deu a jornalistas, durante a rápida coletiva depois da sua explanação, mesmo nas perguntas mais complexas. Ante jornalistas de vários veículos de comunicação; de autoridades, como o vice governador Zé Jodan e a primeira dama e secretária de ação social, Luana Rocha: todos os secretários de Estado e apenas três deputados estaduais (Eyder Brasil, Johnny Paixão e Luizinho Goebel), o coronel que comanda o Governo apresentou vários números importantes. Destacou ações conjuntas com os parlamentos e vários outros organismos, como o que resultou na queda de 7,46 por cento nas contas de energia. Fez questão de lembrar que, mesmo com um negativo de 120 milhões no orçamento, a saúde pública avançou. Usou como exemplo a volta das cirurgias cardíacas no Hospital de Base; as corretivas de lábios leporinos e destacou ações do projeto SOS João Paulo II, que pretende, a curto prazo, aumentar em pelo menos 100 o número de leitos do pronto socorro.
Marcos Rocha falou na economia feita e no que ainda será cortado. Um dos exemplos: menos 18 por cento nos gastos com passagens aéreas. O Governador ainda deu uma boa notícia ao contribuinte, embora aquém do esperado: um corte de oito por cento e todas as taxas do Detran. Mas prometeu que novos estudos estão sendo feitos e que futuros cortes ainda poderão ocorrer, a partir de meados do segundo semestre. Comemorou ainda que entre 18 mil e 20 mil estudantes estão fazendo os cursos do Terceirão nos finais de semana. Prometeu a entrega de mais cinco mil casas para Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Jaru. Relatou que, mesmo com o inverno amazônico rigoroso e com muita enchente, o Estado ainda melhorou as condições de 1.700 quilômetros de estradas vicinais. Prometeu continuar com cintos apertados. Garantiu que está fazendo todo o possível que melhorar a vida dos rondonienses. Apelou a todos para que estejam ao lado deste novo projeto para o Estado. Quando eu sair, disse, quero deixar uma Rondônia muito melhor que encontrei. Entusiasmo e boa vontade não faltam a Rocha. Ele tem bons planos, é correto e honesto e quer fazer as coisas bem feitas. Conseguirá? Só o futuro pode ter a resposta.
A COLETIVA E O NOME DA CASA CIVIL
Durante a coletiva, o Governador respondeu a várias perguntas de jornalistas, em praticamente todos os setores. Falou sobre temas mais difíceis, como as fugas dos presídios, anunciando medidas e providências para melhorar a qualidade das cadeias; comentou sobre eventuais reajustes salarias a categorias, como as dos professores; respondeu também sobre outras questões da saúde, como em relação ao aproveitamento do antigo prédio da Assembleia como extensão do João Paulo II e sobre o que chamou de “economia inteligente”, com o corte de todos os gastos possíveis, para manter o equilíbrio financeiro do Estado. Sobre quem ocupará a Casa Civil, no lugar de Pedro Pimentel, que ficará só com a área do Planejamento do seu governo, Marcos Rocha preferiu brincar e perguntou a membros da sua equipe se deveria responder. Como ouviu um sonoro Não, entre risos, o Governador deixou claro que ainda não quer anunciar nada oficialmente, sobre o assunto. Há sim nomes que estão sendo analisados, mas até agora não há um sinal claro de quem é o preferido do comandante geral do Palácio Rio Madeira/CPA. Há quem diga que o anúncio pode ocorrer ainda nesta semana.
O FIM DAS MÁQUINAS QUEIMADAS
Um vídeo curto, que demonstra muito bem a proximidade que o senador Marcos Rogério tem com o presidente Jair Bolsonaro, está merecendo comemorações de bom senso de um lado e criticas dos que se acham donos da verdade e da Amazônia. Em outro. Nele, instado pelo senador do DEM, Bolsonaro diz que claramente que o Ibama não deve queimar máquinas, tratores e equipamentos apreendidos, em operações de combate ao desmatamento ilegal. Marcos Rogério amplia o assunto, afirmando que ninguém está defendendo as derrubadas ilegais, mas apenas exigindo que em casos de apreensões, os equipamentos sejam mantidos intactos. A ideia é se fazer, nesses casos, segundo propõe Marcos Rogério nesta segunda-feira, quando participou do programa Papo de Redação, na Parecis FM, de que tudo o que for apreendido seja doada para Prefeituras, a maioria delas sem condições de comprar essas máquinas, que podem valer até 600 mil reais. Aliás, em Rondônia, a Sedam está proibida de queimar ou destruir qualquer equipamento apreendido em suas operações, no atual governo. Todos os que já foram e os que o serão, no futuro, serão doados ao DER, para fazer suas obras públicas.
ENFIM, A BELMONT COMEÇA A MELHORAR
Por falar em DER, o coronel Erasmo Meireles confirmou que as obras de recuperação da Estrada do Belmont, já começaram. Perto de cinco mil metros cúbicos de pedras, doadas pela Santo Antônio Energia, serão utilizadas para a elevação do leito do curso, do mais problemático trecho da estrada, em pelo menos 70 centímetros. Só essa medida deverá resolver praticamente todos os graves problemas que a Belmont apresenta há décadas e que, até agora, não foram resolvidos. Praticamente desde o primeiro mês do seu governo, Marcos Rocha determinou ao DER que resolvesse o caso. Houve, em determinado momento, certamente um fato inédito na administração do Estado. Há cerca de um mês e meio, Rocha recebeu um grupo de empresários sediados na Belmont. Meia hora depois do encontro, já havia máquinas na área, tentando amenizar a situação caótica. Desde lá, o DER vem buscando alternativas para dar um fim definitivo ao problema. Agora, com apoio da Santo Antônio, que doou todo o material e da Prefeitura da Capital, que participa com caminhões e parte do maquinário, enfim, parece que o caos antigo começa a ser superado. Antes de um mês, quando tudo estiver pronto, se saberá se a Belmont está, enfim, salva ou se terão que ser feitas novas obras.
O CIDADÃO QUE DEIXE DE SER CHATO!
Mais uma festa para o funcionalismo público. E o cidadão comum, que precisar ser atendido, que espere até o fim de mais um Feriadão. A farra começa já nesta quarta, último dia de trabalho, na maioria dos órgãos municipais, estaduais e federais. Há as exceções de sempre, mas num percentual sempre alto dos casos, quem precisa de algum tipo de serviço em alguns órgãos, que deixe de ser chato e espere até a segunda-feira. Quinta é véspera de Sexta-Feira Santa. Então, pra que trabalhar? Sexta-Feira é Santa. Pecado mortal fazer alguma coisa. Sábado, de Aleluia!, ora, é dia posterior a um dia Santificado e, mais que isso, véspera das comemorações de outro feriado, que, lamentavelmente, dessa vez cai num Domingo: o de Tiradentes. Cidadãos de Rondônia e de todo o Brasil, que por acaso estejam precisando de algum tipo de atendimento em órgãos públicos, que o transfira para o pós feriadão. Isso se não aparecer um político com um novo projeto, considerando feriado nacional o dia seguinte, quando uma data festiva cair num Domingo. É esse o Brasil, país pobre, com 13 milhões de desempregados, que parece viver em função de uma casta, que, ela sim, trabalhe ou não, tem seus salários garantidos no final do mês. Lamentável!
QUEM AUTORIZOU O GRAMPO?
Daniel Pereira continua seu périplo de protestos contra a ação policial e do Ministério Público, que o envolveu nas denúncias contra supostos crimes ocorridos na Sedam, durante seu governo. Ele não se conforma em ter sido tratado da forma como o foi, com invasão da polícia e MP à sua casa, mesmo com decisão judicial, para uma ação de busca e apreensão. Desde o evento, o ex Governador está na mídia, dando sua versão, negando qualquer participação em ilegalidades e, mais que isso, tomando medidas contra a operação que ele considerou espalhafatosa e, mais que isso, contrária às decisões do Judiciário, já que, alega, o caso era de segredo de Justiça. Ontem, Daniel e seus advogados começaram a analisar outra questão: o fato de que seu telefone estava “grampeado” há oito meses. Nesse período, durante cinco meses ele esteve à frente do Governo. Só poderia ser monitorado, então, com autorização da Justiça Federal, por ter foro privilegiado, neste contexto. Havia autorização da JF? Se não havia, sob que alegação houve grampo no seu telefone? Ontem, num depoimento de três horas ao Ministério Público, Daniel Pereira contestou todas as acusações contra ele e entregou suas declarações de renda de 2015, 2016, 2017 e 2018, quando então foi Governador por oito meses. O Patrimônio, no geral, é o mesmo.
DIA DE VER SÉRGIO MORO
Não serão muitos os que vão conhecer de perto o ministro Sérgio Moro. Ele será visto por um púbico pequeno, todo credenciado especialmente para o evento. Ele vem a Porto Velho para detalhar seu grande projeto de combate à corrupção no país, que começa em breve a ser discutido no Congresso e, ao mesmo tempo, falar sobre seus planos para as regiões fronteiriças, como a de Rondônia com a Bolívia. Ao mesmo tempo, vai dar seu aval ao Plano de Combate à Corrupção em Rondônia, que o governo Marcos Rocha apresentará, na mesma solenidade, que começa às 9 horas da manhã desta terça, no auditório da antiga Ulbra. E receberá a Medalha do Mérito Legislativo, aprovada na Assembleia e proposta pelo deputado Adelino Follador. Convidado pelo Governador há algumas semanas, Moro imediatamente aceitou vir ao Estado. Ele que é, sem dúvida alguma, o mais famoso ministro de Jair Bolsonaro, uma figura pública respeitada no país inteiro e no mundo todo, deu um jeito de limpar a sua agenda superlotada, para vir a Porto Velho, onde certamente também tem uma grande maioria de admiradores. Há, claro, a pequena minoria de esquerdistas que o odeiam. Não o homenageiam como uma figura emblemática, que começou a mudar o Brasil para melhor, porque mandou para a cadeia o chefe de uma organização criminosa que dominou nossa Nação, durante mais de uma década e meia, porque a eles não importa o seu país, mas apenas sua ideologia e seu guru, mesmo que ele seja um criminoso. Mas tem gosto para tudo. A coluna prefere, sempre, Sérgio Moro. Que ele seja muito bem vindo!
PERGUNTINHA
Você concorda ou considera um erro a decisão do presidente Jair Bolsonaro de impedir mais um aumento do óleo diesel, mesmo que isso represente um grande prejuízo financeiro para a Petrobras?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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