O Brasil tem hoje, registrados, algo em torno de 146 milhões de eleitores. Segundo a última pesquisa Data Folha, pelo menos 48 milhões deles, se a eleição fosse hoje, não compareceriam às urnas ou votariam em branco ou ainda anulariam seus votos. É um número recorde, o maior entre todos os percentuais já alcançados numa pesquisa nacional. Foram feitas 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. Os maiores índices são no nordeste, onde eleitores de várias idades, mas a maioria com nível baixo de educação, estão avisando que não votarão em ninguém, a menos que Lula seja candidato. Num cenário sem Lula, onde o representante da extrema direita, Jair Bolsonaro, aparece como líder na maioria das regiões do país, o total de abstenções, votos nulos e brancos oscila entre 29 por cento e chega a até 32 por cento. O resumo da ópera: três em cada dez eleitores brasileiros podem ficar de fora da decisiva eleição de outubro, seja não indo votar, seja anulando o voto ou votando em branco, sem escolher qualquer um dos candidatos que estarão na disputa. Neste quadro, para um país que precisa de mudanças, que precisa da participação de toda a sua população, que necessita se uma mexida geral, poderá ter seu futuro decidido por menos de 70 por cento dos eleitores. Milhões deles ficarão de fora do processo. Culpa de quem?
Ora, os atuais candidatos, no geral, vivem da velha política. Imaginam que conchavos de gabinetes, que acordos de grupelhos, que discursos antiquados e que não “pegam” mais, poderão fazer com que essa multidão, que está avisando que não participará do processo eleitoral, mude sua opinião e se engaje em alguma das candidaturas. Mesmices nada mudarão. Poderá mudar, sem dúvida, o candidato que falar as coisas com clareza, que trouxer para o debate a diminuição da carga pornográfica de impostos; que não aceite a imposição da Petrobras de cobrar do brasileiro o barril de petróleo a preços internacionais, na faixa dos 85 dólares, quando para ela, na produção nacional, o mesmo barril custa apenas 35 dólares. Quem sabe um candidato que jure que vai começar o primeiro dia do seu governo cortando, vamos imaginar, 10 por cento de todos os cargos comissionados e exigir que Estados, Municípios e todos os demais poderes façam o mesmo, não cative o eleitorado? Ou aquele que garanta que os bancos não vão mais cobrar juros de agiotagem? Ou que vai rever o vergonhoso e desastrado avanço do imposto de renda sobre o bolso dos assalariados? Tem sim como cativar o eleitor. Mas certamente não é com discursinhos fajutos e mesmices que ele decidirá sair de casa para votar. Ou os Presidenciáveis mudam seus discursos ou vão ter que assistir a uma eleição em que milhões de eleitores preferirão tomar cerveja e assistir futebol e ficar de pernas para o ar, do que perder tempo em ir às urnas, apenas para ver os resultados de sempre...
VAMOS PERDER 1 MILHÃO EM EMENDAS?
O prefeito Hildon Chaves tem repetido que qualquer dinheiro, principalmente o vindo de emendas parlamentares, é sempre bem vindo para os cofres da Prefeitura,, geralmente carentes de dinheiro para mais investimentos. O deputado Jesuíno Boabaid, que é da Capital e destinou quase 1 milhão de reais em emendas para obras no município, contesta essas afirmações. Num discurso na tribuna da Assembleia, essa semana, ele disse que a Prefeitura está perto de perder todo esse dinheiro, pela lentidão e má vontade na execução de projetos”, para que o dinheiro seja gasto. Segundo o parlamentar, metade desta verba – 500 mil reais – já estão disponíveis há praticamente um ano, para a compra de sistema de ar condicionados, segundo ele, para todas as escolas municipais, incluindo as dos distritos. Outros 300 mil iriam para o conserto de um barco saúde ou barco hospital, que poderia atender toda a região ribeirinha de Porto Velho. Por fim, estão correndo risco de voltarem aos cofres do Estado, também segundo o parlamentar, outros 190 mil reais para a compra de uma ambulância, que seria destinada ao distrito de Nova Califórnia. Boabaid se diz revoltado com o fato de todo esse dinheiro, que poderia ajudar muita gente, não estar sendo utilizado. Na Prefeitura, a questão das emendas foi confirmada, mas só quando o novo titular da pasta da educação assumir, se saberá como e quando será utilizado o dinheiro.
SAÚDE E EDUCAÇÃO ACÉFALAS
Por falar em Prefeitura, duas das principais secretarias estão acéfalas, não se sabe se apenas até esse final de semana ou se por mais algum tempo. Na educação, o então secretário Marcos Aurélio Marques, pediu exoneração, depois de ser preso na Operação Ciranda, da Polícia Federal. Ele já está solto, graças ao trabalho do escritório de advogados Rocha Filho e Vasconcelos, mas certamente não voltará ao posto, ao menos até que toda a situação da operação policial seja esclarecida. Já nesta quarta à noite, foi confirmada também a exoneração do médico Orlando Ramires, como titular da pasta da saúde. Ou seja, educação e saúde, duas das áreas que mais têm dado dor de cabeça ao prefeito Hildon Chaves, continuavam sem comandantes. A troca de secretários tem sido uma tônica desde que ele assumiu o controle da cidade. Os motivos pela troca constante de assessores principais são várias, todas elas não comentadas publicamente. O que se sabe como certo é que o Prefeito é muito exigente e que, em algumas áreas, muita gente também acha que é complicado dedicar-se a uma atividade que nem é tão bem remunerada como se pensa e ainda os riscos são muito maiores do que se imagina. Quem vive nesse meio sabe do que se está falando...
LUIZ CLÁUDIO NO DIRETO AO PONTO
O deputado federal Luiz Cláudio da Agricultura, um dos nomes mais destacados na bancada federal rondoniense, é o entrevistado do programa Direto ao Ponto deste sábado, que vai ao ar na Record News Rondônia, Canal 31 na TV Aberta; 331 na Sky e 441.1 na Claro TV, a partir das 11h30 da manhã. A partir do domingo, a atração, comandada por Sérgio Pires, estará disponível, na integra, nos sites da SICTV e Gente de Opinião. No encontro, Cláudio fala sobre o crescimento do agronegócio no Estado, as dificuldades e os avanços; sobre os investimentos nos viadutos de Porto Velho; sobre o corte de parte dos investimentos previstos para melhorias na BR 364, no trecho entre Vilhena e a divisa com o Acre. Os principais projetos defendidos na Câmara, o futuro da produção agrícola e da pecuária do Estado; as dificuldades que Rondônia ainda tem que enfrentar, para manter-se como o que mais cresce na região norte; a participação de Ivo Cassol, de quem Luiz Cláudio foi secretário, na eleição ao Governo e muitos outros temas fazem parte do bate papo do Direto ao Ponto desta semana.
É MELHOR NEM RESPONDER!
Não dá para discutir com quem argumenta pela falsidade e a parcialidade. Como debater com quem calou durante toda a roubalheira implantada no país por seus ídolos e os asseclas de quase todos os partidos? Como debater com quem considera a Justiça brasileira venal e corrupta, por ter colocado na cadeia uma camarilha, incluindo seu líder? Que argumento racional se poderá usar com quem não reconhece que houve um partido político popular, surgido como um sonho de redenção do Brasil, mas que desaguou num pesadelo para nosso país? Onde estavam os arautos da plena verdade quando as mentiras foram sendo desmontadas, uma a uma, mostrando no final a verdadeira face de um grupo político, que ensinou o Brasil como ser decente durante duas décadas e na terceira, fez exatamente o que os outros faziam, ou, ainda mais triste, fez pior do que os outros faziam? Então, cada vez que se lê algum comentário mais apaixonado, mais crítico, mais mordaz, mais cheio de “ensinamentos” e verdades espúrias, dá também um sentimento de pena. Pena de todos nós, que acreditamos tanto tempo numa ideia e que acabamos humilhados e esculhambados por ela. Não dá para debater com quem não vive no mundo real, no mundo da verdade, no mundo da Justiça, onde as múltiplas opiniões não valem nada e só a deles é que merecem crédito. Não dá para discutir com quem fechou os olhos para a corrupção e para a destruição do país. Então, é melhor não responder!
MUDANÇAS NA EQUIPE DA ALE
Na Assembleia Legislativa, o presidente Maurão de Carvalho, pré candidato do MDB ao Governo, tem novo e importante nome para comandar seu gabinete, nos meses restantes do seu mandato à frente do parlamento rondoniense. A chefia passa das mãos da competente Irma Fogaça, que deixou o posto para dar início à sua campanha como pré candidata à deputada, para outro membro do time de Maurão que é um personagem com todos os requisitos para cumprir muito bem a missão: o ex secretário geral da casa, Arildo Lopes. Ele, aliás, tem realizado um trabalho muito elogiado no comando da estrutura interna da Casa, desde que assumiu o posto, quando Maurão foi guindado à Presidência. Quem fica no comando da secretaria geral, até que haja alguma outra decisão, é Marilu Silveira, que atuava na área ao lado de Arildo. Aliás, deve-se destacar que a estrutura interna da Assembleia está funcionando de forma extremamente positiva. Nunca mais se viu por lá clima de animosidade ou insatisfação por parte dos servidores. Outro avanço no poder, certamente, será o concurso público, já em andamento e que contratará dezenas de novos servidores para a Casa, a partir do ano que vem.
MARINA DIZ NÃO AO FACTÓIDE
O tucano Geraldo Alkmin, que tenta, tenta, tenta, mas não sobe um só pontinho nas pesquisas de intenções de voto e fica batendo lá pelos sete por cento, tentou dar uma de joão sem braço e se deu mal. Numa entrevista a uma emissora “amiga”, Alkmin foi perguntado o que acharia de ter Marina Silva como vice na sua chapa, como se isso tivesse sido aventado em algum momento, ao menos nos últimos meses. Ligeirinho, o pré candidato do PSDB que não decola e é apelidado de “picolé de chuchu”, por não demonstrar emoção ou gosto nenhum, afirmou que ficaria muito honrado em ter Marina ao seu lado. Criou-se imediatamente um factoide, espalhado em vários veículos de comunicação, como se essa informação tivesse algum tipo de verdade. Foi a própria Marina Urubu (porque só aparece para se aproveitar da carniça, depois da crise) Silva que desmentiu tudo. Numa entrevista em outra emissora, disse que jamais aventou a possibilidade de ser vice de Alkmin e que essa possibilidade é igual a zero vezes zero multiplicada por zero. Não colou. Por enquanto, com Lula no cenário, é ele o preferido do eleitorado. Sem ele, quem está bem à frente das pesquisas é Jair Bolsonaro, com Ciro Gomes em segundo, Marina em terceira e o ex governador paulista lá atrás.
PERGUNTINHA
Você acredita que o governo vai conseguir controlar o preço da gasolina ou é dos que acham que ela possa chegar a um preço muito mais alto e insuportável até dezembro, como temem os mais pessimistas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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