A PF informou que continuará disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos
A Polícia Federal (PF) encerrou a força-tarefa exclusiva das operações Lava Jato e Carne Fraca em Curitiba (PR). Nesta quinta-feira (6), a PF informou que os investigadores passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor), dentro da superintendência da PF.
A polícia afirmou, em nota, que a medida visa “priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações”.
Para PF, o efetivo de policiais na sede regional do Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade.
Vale lembrar que em maio deste ano, o quadro de delegados dedicados exclusivamente à Lava Jato foi reduzido de nove para quatro. Na ocasião, o delegado Igor Romário de Paula, um dos coordenadores da força-tarefa, classificou a redução da equipe como “incompreensível”.
“De fato, com o número que temos hoje fica difícil dar continuidade, prosseguimento da forma como sempre foi. Estamos tentando recompor. Na equipe de agentes e analistas não houve redução tão grande. Dificuldade maior hoje é com o número de delegados. Mas, enfim, temos que tentar recompor da forma como possível”, disse.
Ainda assim, a Polícia Federal diz que continuará “disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados”.
Veja a íntegra da nota emitida pela direção-geral da PF.
“1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;
4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;
5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;
6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;
8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;
10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados.”
Fonte: Exame.
COMENTÁRIO DO BLOG: Pronto, começou o "desmonte" da Operação Lava Jato. Aqui no Brasil é assim, "os donos do poder" , quer dizer os corruptos, é quem manda e não a Lei.
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