Pode se ter pena de quem a gente quiser. Cada qual tem suas filosofias, gostos, opções. Por isso há que se respeitar a opinião de milhares de brasileiros, indignados com as cenas mostrando o famoso ator Fábio Assumpção, em mais um episódio lamentável, coisa corriqueira na vida dele. Textos belíssimos em defesa da privacidade e do respeito que devemos ter com pessoas que acabam sendo mote de chacota e desprezo, por seu envolvimento com álcool, com drogas ou com ambos, se multiplicaram na mídia. Fãs do ator (e que ator de incontestável talento!), criticaram a falta de humanidade dos que fazem gozações, numa triste situação como a que Fábio foi exposto, em Pernambuco. Vozes respeitadas saíram em defesa não só dele, mas destacando a fragilidade a que se expõem quem se envolve nesse triste e dramático mundo dos vícios. Que cada um pense como quiser, claro! Mas se o leitor está imaginando que tais posições receberão aplausos e solidariedade deste escriba, que pare de ler por aqui, porque não verá os mesmos lamentos e apoios, seja a Fábio Assumpção, seja a qualquer um que se envolveu, por opção, num mundo que pode destruir suas vidas, de suas famílias e dos que convivem com eles.
Por aqui, mesmo correndo o risco de receber a pecha de reacionário ou desumano, se vê as coisas por outro ângulo. Não se desperdiça lamentos com quem escolheu viver sob as drogas, porque, quase impossível de sair, a entrada é por opção. Pode-se então argumentar que a vida terrível que essas pessoas levam, sofrimentos, desamores, tragédias, as encaminharam a essa situação e, por isso merecem pena. Até merecem. Mas esse reacionário prefere destinar sua solidariedade e indignação aos que acordam às cinco da manhã, andam a pé ou pegam duas conduções para trabalhar; dão duro o dia inteiro; saem correndo do trabalho e vão estudar até tarde da noite, lutando bravamente por uma vida melhor. Ou aos deficientes, que não são alvo de pena, mesmo quando maltratados ou abandonados; quando precisam do serviço público, de um posto de saúde, por exemplo; quando clamam por uma oportunidade; quando choram pelo respeito alheio. Esses sim, essas pessoas, merecem solidariedade e pena, mesmo que não peçam. Esse colunista e alguns poucos reacionários preferem lamentar por este tipo de gente, a chorar por quem se entregou às drogas e ajuda a alimentar o crime organizado, com sua escolha. Esse sentimento, então, o destino à essa gente pobre, honesta, trabalhadora, doente sem ter escolhido sua doença. Cada um que entregue seu sentimento de pena e apoio a quem achar que os merece. Fiz minha escolha!. (Sérgio Pires)
O SUCESSO DA RIMA
Tem que tirar o chapéu para empresas que crescem na Amazônia, graças a muito trabalho, respeito ao usuário, dedicação e coragem para enfrentar todas as dificuldades que surgem. O caso da RIMA (Táxi Aéreo Rio Madeira), está nesse contexto. A empresa está há quase 17 anos no mercado, desde que foi fundada pelo comandante Gilberto Scheffer, um pioneiro nesse setor na região. A RIMA, em breve, passará a atender as sete principais cidades rondonienses, com seus aviões Cessna Gran Caravan, considerado o melhor da categoria. Serão atendidas com os voos da empresa: Ariquemes, Cacoal, Costa Marques, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Pimenteiras do Oeste e Vilhena. A RIMA já somou mais de 55 mil horas em serviços de taxi aéreo, linha aérea sistemática, UTI aérea, em cinco regiões do Brasil e países vizinhos. Há sim, nessa Rondônia, gente diferenciada, fazendo um Estado diferenciado. A turma da RIMA é desse tipo!
A MORTE DE LUIZ TOURINHO
Rondônia perdeu um grande pioneiro, nessa terça. O falecimento do empresário, jornalista e advogado Luiz Malheiros Tourinho, aos 82 anos, foi uma daquelas notícias ruins que entristecem qualquer comunidade. Luiz Tourinho, irmão mais novo de Euro Tourinho, que aos 97 anos ainda dirige o jornal Alto Madeira, que, aliás, completou 100 anos no mês passado, leva consigo para a eternidade um longo, precioso e importante pedaço da história de Rondônia. A família Tourinho chegou em Rondônia no final dos anos 30 e já em 1944, Euro trabalhava como seringalista. Não deu certo. Ele era jovem e junto com o irmão, Luiz, começaram uma série de atividades, até chegar ao comando do centenário Alto Madeira. A coluna se solidariza com os Tourinho, lamentando a perda do “seu” Luiz, um empresário dos mais respeitados.
SEM VERGONHA NA CARA!
Eles perderam a vergonha, a compostura, o sentimento de honra. A classe política brasileira, com as honrosas exceções de sempre, todos os dias dá sinais de que não tem mais jeito mesmo. Hoje, a situação, dos que apoiam Michel Temer, perderam de vez a compostura, querendo defender o indefensável, ou seja, fazendo de conta que o Presidente da República não cometeu crime algum, ao se reunir e ao tratar de temas não republicanos, em sua própria casa, na calada da noite, com um empresário envolvido até o pescoço em sacanagens, roubalheiras, corrupção. A oposição, feroz, mostra mais uma vez como é criminosa, ao exigir Justiça para Temer, quando fez vistas grossas à maior roubalheira a que o país foi submetida, durante o governo do PT e de seus aliados. Todos os que hoje berram contra Temer, são os mesmos que fizeram de conta que tudo estava certinho, como se nada estivesse acontecendo, quando o Brasil era depenado pela quadrilha. Pior de tudo é que o eleitorado ainda acha que Lula não é criminoso e que o PT ainda é um partido decente. Todos perderam a vergonha na cara. E o eleitor também!
CANDEIAS: CRISE SEM FIM
Quando mais demorar para esclarecimento total do assassinato do prefeito de Candeias do Jamari, Chico Pernambuco, mais tempo continuará a comunidade de Candeias do Jamari vivendo em função do caso e de todos os questionamentos que ele proporciona. Hoje a cidade, pequena e problemática, não consegue andar para a frente, porque vive apenas no entorno desse caso complexo. Oito pessoas que participaram do crime já foram presas, mas o mandante principal ainda não. Ora, é esse o imbróglio que dá munição aos adversários do prefeito Luiz Ikenohichi e que impede que o jovem político consiga trabalhar em paz. Enquanto todo o evento não for esclarecido; enquanto todos os envolvidos, do mandante aos executores não estiveram presos e condenados, os aproveitadores da crise continuarão agindo; a crise política não terá solução e a coletividade é que continuará perdida e prejudicada. Então, que a polícia conclua logo esse inquérito, denuncie quem tem que denunciar e que se faça Justiça...
CHAGAS ESTÁ VOLTANDO
O empresário, ex deputado federal Constituinte e um dos nomes inesquecíveis na história de Rondônia, Chagas Neto tem sido instado por amigos, parceiros, correligionários e eleitores, a voltar à política. Não está fácil tomar a decisão, porque ele tem múltiplas missões, mas o desejo de voltar a servir à coletividade pode predominar, no final das contas. Chagas é a história viva de Rondônia e especialmente de Porto Velho, onde construiu dezenas de conjuntos habitacionais, dando casa própria para milhares de pessoas. Praticamente todos esses conjuntos existem até hoje, colocando o nome de então iniciante na vida pública, definitivamente nos corações e mentes de muitos rondonienses e porto velhenses, especialmente esses últimos. Chagas está sendo praticamente convocado a voltar à vida pública. Se concluir que deve mesmo fazê-lo, mesmo com eventualmente prejuízos pessoais e empresariais, para se dedicar ao povão, como o fez com maestria no passado, certamente será um nome quentíssimo para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa.
TURISMO DE ISOLAMENTO
Era bom demais para ser verdade! Desde a inauguração da hidrelétricas do rio Madeira, um pesado investimento reinventou a Vila de Teotônio, localizada a cerca de 35 quilômetros do centro de Porto Velho. Foram feitos pesados gastos para a formação de uma praia artificial, construção de restaurantes, locais para prática de esportes e uma série de inovações, visando transformar toda a área num importante ponto turístico da Capital. Durou pouco tempo. A estrada que dá acesso à Vila está praticamente intransitável. Foi abandonada. Trechos inteiros tomados pelas águas impedem os carros de chegarem ao local, aprazível e cheio de boas atrações, causando um grande prejuízo a todos os que acreditaram que a Teotônio poderia se tornar, em pouco tempo, um dos locais mais visitados às margens do rio Madeira. Nessa semana, reportagem da SICTV/Record mostrou o abandono da estrada, sua quase destruição e a impossibilidade de se andar nela. A Prefeitura está prometendo soluções. Tomara que cumpra logo sua promessa, porque do jeito que está, a comunidade terá que cair fora de Teotônio, por não ter mais qualquer ligação com a BR 364 e com Porto Velho.
PERGUNTINHA
Até quando o Brasil vai viver em função de crise política, institucional e de operações policiais , para começar a enfrentar, de verdade e com força, a crise que nos assola?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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