Por que será que existem tantos interesses mundiais na Amazônia, ao ponto de termos por aqui o maior número das chamadas Organizações Não Governamentais (ONGs) internacionais do que qualquer outra região do Planeta? Segundo dados oficiais do Google (basta pesquisar!), a Amazônia abriga mais de 100 mil dessas entidades, as maiores delas patrocinadas por multinacionais da pesada. A resposta para a pergunta é simples: temos, em nossa região, não só a maior floresta do mundo, o pulmão da Terra, mas também os mais nobres e vitais minérios: ouro, diamantes, nióbio, cassiterita, níquel, estanho, tântalo e por aí vai. Entre Espigão do Oeste e Pimenta Bueno, na Reserva Indígena Roosevelt, temos a maior mina de diamantes puros do Planeta, concorrendo em qualidade com os melhores das minas africanas. E agora, vem ainda outra notícia que certamente vai sacudir as ONGs e seus prepostos e patrocinadores. O governo brasileiro autorizou a exploração de uma gigantesca área, conhecida como RENCA (Reserva Nacional do Cobre e Associados), de 47 mil hectares, equivalente quase a uma vez e meia toda a área da cidade de Porto Velho, que é o maior município do país, inclusive maior que a Bélgica, por exemplo. A RENCA não tem só cobre, é claro. Ali pode haver uma das maiores reservas de ouro da Amazônia e, logicamente, do mundo. Estava sob a coordenação do governo federal desde 1984, na reta final dos governos militares.
Como os interesses internacionais não se sentiram ameaçados, enquanto a região estava sob a tutela do Estado e só alguns poucos tinham acesso (por coincidência, grande parte de gente ligada a essas organizações que se dizem defensoras do meio ambiente), nesse quesito não houve crítica aos milicos do poder. Agora, passados 33 anos, a União decidiu abrir a lavra, controlada, para que o ouro e outros minérios extraídos na região beneficiem também os brasileiros, já que em Roosevelt e outras áreas (incluindo o nióbio, raríssimo, importante e que vendemos a preço de banana ao exterior), só quem ganham são os contrabandistas e os corruptos, que fazem de conta que o contrabando não existe. A simples notícia da liberação da área para exploração via concorrência, já mexeu com os brios dos porta vozes dos grupos estrangeiros que inundam a Amazônia. Só que, dessa vez, eles vão ter que engolir. O interesse do Brasil, finalmente, está sendo colocando à frente dos interesses dos países que essa gente representa. Até que enfim!
DOS TEMPOS DE FIGUEIREDO
Ainda sobre o assunto, ampliando as informações: a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) foi criada por decreto do então presidente João Batista Figueiredo, em fevereiro de 1984, a pedido do Almirante Gama e Silva e abrange uma área considerada de grande potencial entre os estados do Pará e Amapá. Pelo decreto, os trabalhos de pesquisa na área passaram a ser exclusividade da CPRM, usando recursos próprios ou de convênios firmados com o Gebam (Grupo Executivo para a Região do Baixo Amazonas). A outorga de áreas para outras empresas somente poderia ser feita a quem tivesse negociado os resultados dos trabalhos de pesquisa com a CPRM. Desde março essa história mudou. A visão de que os minérios amazônidos devem, em primeiro lugar, beneficiar os brasileiros, começou a vigorar. As ONGs, para usufruir da área, terão que usar as empresas que as patrocinam e concorrer às novas áreas de lavra.
DE OLHO NA ALE
O empresário Chagas Neto; o médico Amado Rahhal; o advogado José Guedes. O médico Macário Barros; a dentista Ana Maria Negreiros; o especialista em saúde pública, Williames Pimentel; o pecuarista Evandro Padovani; o servidor federal Brito do Incra; a jornalista e hoje secretária municipal Ivonete Gomes; o ex vereador e ex deputado Claudio Carvalho: o que têm em comum esses nomes, tão conhecidos na mídia rondoniense? Todos ou ao menos boa parte deles, poderão estar na relação dos concorrentes à cadeiras da Assembleia Legislativa, no ano que vem. A volta de personagens importantes da história ou a chegada de novas caras, que recém começaram a ter uma relação de serviços prestados à comunidade (como Ivonete Gomes), faz parte de um enorme rol dos que poderão disputar as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa, no ano que vem. Os atuais deputados terão que dar duro e suar bastante, para manterem seus mandatos. Vem muita gente boa por aí...
CREDENCIAIS NÃO FALTAM
O prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, chegou a pensar em interromper sua carreira política. Não conseguiu, porque as pressões e os apelos para que concorresse à reeleição em sua cidade foram tantos, que ele acabou aceitando repetir a dose. E o fez com sucesso poucas vezes visto. Para chegar ao segundo mandato, teve uma votação das mais positivas, demonstrando que o que fez em sua cidade foi aprovado por ampla maioria da população, mesmo tendo disputado o novo mandato contra nomes de peso e de respeito na sua Ji-Paraná. Agora, Jesualdo anda de novo com suas dúvidas. Não cansa de responder que ainda não decidiu se será candidato em 2018. Mas é muito provável que ele busque uma cadeira ao Senado. Credenciais não lhe faltam e nem apoio da comunidade que comanda, além do respeito conquistado em todo o Estado, com seus mandatos como deputado estadual. É muito cedo ainda, mas Jesualdo anda, de novo, sofrendo pressões de todos os lados, para que busque dar um salto maior em sua vitoriosa carreira política. Por enquanto, ele só está ouvindo tantos pedidos e apoios e pensando...
TEM QUE RENUNCIAR
Na longa entrevista concedida pelo empresário Joesly Batista, delator da Lava Jato, à Revista Época, da Globo, dessa semana, ele envolveu novamente o submundo da política brasileira na podridão que está agora escancarada. E chamou o Presidente da República Federativa do Brasil, Michel Temer, de “chefe de quadrilha”! Ele já havia denunciado Lula e Dilma, informando nos depoimentos, que deu aos dois mais de 150 milhões de dólares para campanhas políticas. Nunca os chamou, contudo, de chefes de quadrilha. Mas em relação a Temer, há sim um ódio claro do empresário e da Globo, por isso a dureza das denúncias dirigidas muito mais a ele, Presidente. Enfim, o empresário cita tantos nomes, tantos detalhes, tantas ocasiões (infelizmente para os corruptos, Joesley parece ter uma ótima memória), que será muito difícil para os denunciados alegaram que todas as declarações são falsas. Com relação a Temer, depois dessa entrevista, se for verdade só um por cento do que o homem da Friboi contou à Época, o Presidente precisa renunciar imediatamente. Não é possível manter-se no Governo, com tantas acusações e com tanta baixaria...
A CARTA DE AMADEU
Houve vários motivos para o dr. Amadeu Machado declinar do convite de ser o novo secretário da Fazenda de Hildon Chaves. Mas o principal deles, Amadeu explicou em longa carta enviada ao prefeito. Ele está patrocinando uma causa importante, que envolve “elevada monta (segundo destaca), “na qual o Município de Porto Velho consta como réu. A ação está em grau de recurso no Tribunal de Justiça do Estado e, repito, o valor envolvido é muito expressivo”. Depois, analisa que, mesmo se renunciasse à causa, o que lhe representaria enorme prejuízo profissional, ainda assim, poderiam, ele e o Prefeito, serem alvos de comentários maldosos, mesmo que não houvesse qualquer fato para tal conclusão. Amadeu, do alto da sua sapiência e experiência e preocupado com a imagem da administração, explicou que, só quando a causa que está no Tribunal de Justiça for julgada, ele poderá se sentir descompromissado e daí, caso Hildon ainda queira, ambos podem retomar o diálogo sobre uma eventual participação dele no governo municipal. Mais uma vez, Amadeu foi Amadeu: correto, justo, decente, preocupado com a causa pública.
PRESSÃO PELA BR 319
Nesta próxima terça, a Comissão de Infraestrutura do Senado, por iniciativa do senador rondoniense Acir Gurgacz, vai discutir, pela enésima vez, a paralisação das obras de asfaltamento da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus. Mais uma vez, decisão da Justiça Federal mandou parar os serviços, alegando agressões ambientais que os executores da obra negam terminantemente. Acir, os demais senadores rondonienses, parte das bancadas federais tanto de Rondônia quanto do Amazonas, exigem que a rodovia seja concluída, mas uma minoria, defendendo interesses de lobistas, apoiados por decisões de parte do Ministério Público e do próprio Judiciário, não permitem que a obra, vital para a região, seja terminada. Coincidência é que as decisões da Justiça têm mandado parar o trabalho justamente no período do verão amazônico, quando as obras poderiam ser realizadas com maior rapidez. A OAB do Amazonas já decidiu que vai recorrer contra a decisão da interrupção da BR 319. A OAB de Rondônia, até este sábado, não havia se pronunciado sobre o assunto...
PERGUNTINHA
Quanto um empresário diz publicamente que o Presidente da República do seu país vivia pedindo dinheiro sujo para si mesmo e para outros apaniguados, o que a população deve pensar sobre seu principal mandatário?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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