Alguém aí que não é gaúcho já ouviu falar na cidade de Passo Fundo? Os que são de lá e que gostam de música gaudéria, sabem muito bem que se trata de uma terra cantada em música e verso, por grandes nomes da música do Rio Grande, como o inesquecível Teixeirinha, aquele da música “Coração de Luto”, quase um hino dos pagos sul rio grandenses. Pois a Passo Fundo pouco conhecida fora dos pampas gaúchos, acabou virando notícia nacional. E por algo aparentemente óbvio, mas que acaba sendo surpreendente, porque o prefeito da cidade, Luciano Azevedo simplesmente fez uma coisa inédita: cumpriu uma promessa. Na campanha, Luciano avisara que a educação seria prioridade total na sua cidade. O povo, acostumado a ouvir tais discursos vazios, que geralmente só ficam no etéreo, porque a prática sempre é muito pior, não deu muita bola. Pois não é que Luciano fez o que prometeu fazer? Ao invés de destinar 400 mil reais para o desfile de carnaval na sua cidade, decidiu que a festa tem que ser bancada por todos, menos com o dinheiro público. Reuniu os 400 mil e mandou comprar 400 aparelhos de ar condicionado, mandando coloca-los, cada um, em 400 salas de aula. Quem conhece o frio de ranger dentes que os gaúchos – e principalmente as crianças – enfrentam e o calor rondoniense no verão daquela região do Rio Grande, sabe o que o investimento significou. Pais e estudantes vibraram, aprovando praticamente por unanimidade a decisão do Prefeito que cumpriu sua promessa e, mais que isso, deu ao restante do Brasil um fio de esperança de que nem tudo está perdido.
O carnaval é importante, é uma festa cultural excelente, traz alegria e é um evento da cultura popular que merece todo o incentivo. Menos com dinheiro público, porque esse é curto e tem que priorizar o que é importante realmente para o país. E o importante são combater as terríveis deficiências que temos na saúde, na educação, na segurança. O ato do prefeito de Passo Fundo, uma cidade média, com cerca de 200 mil habitantes, enche de esperança a quem já achava que esse país é feito só de falcatruas, incompetências, lava mãos e más notícias. Deu-nos um pouco de luz no fim do túnel, o prefeito Luciano, do PPS.
TAPA NA CARA DE CONFÚCIO - Foi mais que um lamento. Foi um desabafo de um governante que vê sua obra esvair-se, sem cumprir sua missão. Foi o protesto contra o dinheiro público mail utilizado. Foi um puxão de orelhas público, exigindo melhorias. Confúcio Moura publicou em seu Blog, nessa semana (e depois retirou o texto), criticando duramente o comando da Escola Murilo Braga. Vale a pena ler a publicação, na íntegra: “Escola Murilo Braga, Porto Velho, Avenida Sete de Setembro. O Governo construiu prédio lindo. Chamou a atenção da cidade. Fiquei sabendo que a escola piorou muito. Tudo sujo. Sem controle e sem comando. Pra mim, foi um tapa na cara. Como sempre digo, não adianta escola bonita, se a direção e toda a equipe não tiverem força, capacidade de gestão e criatividade. Espero forte reação em contrário, para que eu me sinta orgulhoso e volte aqui para agradecer e elogiar!”. Precisa dizer qualquer coisa a mais?
UM CARNAVAL SEM VIOLÊNCIA - Duas mortes em todo o carnaval. Claro que o ideal seria zero, mas com toda a violência que nos assola, o número não é assustador. Pouca violência no geral, embora no trânsito dezenas de motoristas tenham sido flagrados no teste do bafômetro, em mais de 2 mil testes. No geral, tanto na Capital quanto no interior, o rondoniense foi para a festa com espírito de comemorar e pular. Esqueceu a violência do dia a dia, ao que parece. Mesmo assim, dois outros registros são dignos, um negativo, outro muito positivo. O ruim: mais de 30 foragidos da cadeia foram recapturados, durante o carnaval. O dado digno de comemoração: nada de feridos nos desfiles dos blocos. Na Banda do Vai Quem Quer, por exemplo, com mais de 120 mil participantes. Segundo a Polícia Militar, houve muito poucas confusões dignas de registro. Pra terminar: o número de acidentes no Estado caiu em 50 por cento. Ufa, até que enfim, algumas boas notícias...
O DNIT JÁ DESISTIU? - Há muitos anos a Estrada do Belmont é uma excrescência. Não é uma estrada comum, porque nela trafegam, diariamente, centenas de pesadíssimos caminhões carregados de combustível, que o levam e trazem do porto no final do bairro Costa e Silva, na Capital. De vez em quando cai um pedaço da estrada no rio. De vez em quando se anunciam obras para resolver o problema. Nunca, é claro, elas são realizadas, a não ser como paliativo. Várias vezes a Belmont foi fechada pela comunidade que mora nela e nas proximidades. Numa terra em que o povo é respeitado, uma união de esforços já teria, há muito tempo, resolvido definitivamente a questão. Mas não por aqui. Porque aqui é um pedaço do Brasil, onde qualquer chefete com crachá manda e desmanda; proibindo obras, as interrompendo ou as mandando parar, não importa o que isso represente de prejuízos. O Dnit, responsável oficial da obra, parece que desistiu de enfrentar esse inferno. Tem anunciado que a obra da Belmont não sai “por problemas burocráticos”!. Uma vergonha!
CABOS ROMPIDOS- Por falar em obra que não funciona, mais uma, na Capital, está interditada. A Marinha impediu o acesso ao embarcadouro do Cai N`Água, por falta de segurança. Foi uma obra que demorou uma eternidade e que estava sendo extremamente útil. Resolveu, durante bastante tempo, um problema que se arrastava há anos, facilitando a vida para atracação de barcos, principalmente os que levam e trazem mercadorias todos os dias. O problema foi a falta de manutenção. Alguns dos 12 cabos de segurança do atracadouro se romperam e nunca foram consertados. Outros estão prestes a arrebentarem e jamais foram substituídos. Como outra vez a infernal burocracia atrapalhou a solução do problema em tempo hábil, a Marinha usou de bom senso, porque havia risco claro de algum acidente mais grave. Agora, anuncia-se que tudo estará consertado dentro de algumas semanas. O exemplo da negligência, que não permite o uso de um local de grande importância para a Capital, é outro, claro, de que precisamos evoluir muito, para deixar de nos tornar um país de improvisações e incompetências.
VOLTANDO A VOAR - Claro que será apenas mais uma longa viagem de um clube brasileiro, para jogar no exterior. Mas a ida do time da Chapecoense para jogar na Venezuela, exatamente em Maracaibo, na próxima terça, será a primeira viagem internacional da equipe depois da tragédia de novembro, quando 71 pessoas morreram, a grande maioria jogadores e membros da Comissão Técnica. A viagem começará no sábado, com a saída programada para as 20h30 do aeroporto da cidade, em voo fretado até São Paulo. No domingo de manhã, a delegação embarca para o Panamá. À noite, haverá a conexão para Maracaibo, onde a previsão de chegada será na segunda, um dia antes da partida contra o Zúlia, pela Copa Libertadores. Os membros do grupo da Chapecoense levarão mais de 24 horas para chegar ao destino e terão cerca de 10 horas e 30 minutos de voo, para chegar ao seu destino. Será mais um desafio para o que se tornou, hoje, um dos clubes mais queridos do Brasil.
PERGUNTINHA - O que você achou da surpresinha de carnaval do governo brasileiro, que anunciou que o consumidor pagará a conta pela crise das empresas de energia elétrica e receberá uma conta mais salgada, já a partir de março?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho-RO.
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