A semana teve mais um ato de violência nas escolas de Porto Velho. Dessa vez não envolveu briga entre alunos, agressões a professores e a funcionários, mas mais um assalto, com os bandidos de olho nas armas dos vigias, que foram levadas. Mas os números dos ataques contra quem trabalha no sistema educacional, tanto aqui como em todo o país, são crescentes e terríveis. A impunidade, proporcionada pelo criminoso Estatuto da Criança e Adolescente, que impede punição a menores bandidos, incentiva a essa onda de terror que assola também a estrutura de educação nesse país. O recente ataque em Porto Velho, se somou aos mais de 40 mil registrados no Brasil, no último ano. Apenas entre ameaças e agressões reais a professores, sem contar assaltos, roubos, depredações e outros tipos de ataques à educandários, nada menos do que 26.000 denúncias foram feitas Brasil afora. Uma pesquisa feita junto a 262 mil professores, esclareceu que ao menos 10 por cento deles sofreram algum tipo de violência por parte dos alunos ou pais de alunos, nesse período. Assustou? Pois pior foi o número de vítimas de tentativas de assassinato contra os mestres, dentro da sala de aula, na escola ou próximo a ela: 4.700 casos. Não é de apavorar? Os dados são do questionário da Prova Brasil, aplicado a diretores, alunos e professores 5º e do 9º ano do ensino fundamental de todo o país. As respostas aos questionários mostram que há um cenário de violência sem controle. As agressões, é claro, não ocorrem apenas com professores e funcionários, mas também entre estudantes.
A pesquisa sobre a violência nas escolas brasileiras tem outras terríveis informações. Aponta, por exemplo, que a maioria dos professores (foram 184 mil, totalizando mais de 71% do total dos entrevistados), confirmaram ter testemunhado agressão física ou verbal de alunos contra outros alunos. Outros 2.300 professores comentaram que estudantes que frequentam suas salas, levam armas de fogo para as aulas. Outros 12 mil mestres denunciaram que estudantes levam também armas branca, como facas peixeiras e canivetes. Outras 13 mil denúncias foram feitas, apontando que estudantes frequentavam a aula depois de ingerirem bebida de álcool e muitos claramente bêbados. Drogados? Quase 30 mil casos entre os estudantes. Todos nós sabemos porque a situação chegou nesse ponto, não é? Viva o ECA!
EM NOME DO QUE?
Enquanto o secretário de Agricultura do Estado, Evandro Padovani, faz um apelo a todos os seus contatos no watts app, pedindo apoio e não críticas à carne brasileira, a boa notícia do final de semana é que a China voltou atrás e recomeça a comprar nossos produtos já a partir dessa segunda. No watts, Padovani escreveu: “ Pessoal, chega de compartilhar notícias negativas sobre nosso agronegócio! Vamos usar nossa criatividade para mostrar a nossa produção e a qualidade dos nossos produtos!” O apelo de Padovani, aliás, cabe para todas as pessoas de bom senso nesse país. Temos que acabar com essa história de que somos mesmo perdedores e que nossas coisas não são boas. A carne brasileira, por exemplo, é considerada entre as melhores de mundo, principalmente a de Rondônia. Além disso, o sistema de fiscalização da produção nacional no setor é respeitado em todos os continentes. Mas, mesmo assim, há uma leva de brasileiros que faz questão de apertar o botão da autodestruição, não se sabe em nome do que. Uma vergonha!
“PREFEITOS PRESUNÇOSOS”
Hiii! O governador Confúcio Moura está irritado com alguns prefeitos, embora não tenha citado nomes. Em seu Blog, ele publicou que o Estado vai ajudar a todas as Prefeituras que quiserem, para organizar o serviço de saúde básica. Mas fechará as portas “aos prefeitos presunçosos”, que, segundo escreveu, são “aqueles que julgam que seus serviços são maravilhosos e que não aceitam parcerias com o Estado. Neste caso, o que nos cabe fazer, é fechar as portas para estes, que são presunçosos e julgam que estão fazendo tudo maravilhosamente bem”. Para os que aceitarem a parceria com o Estado, nessa área tão nevrálgica, Confúcio foi paternalista: ”o nosso Governo peregrinará pelos municípios, com objetivo único, de contribuir com todos, para que possa organizar, direitinho, os serviços básicos de saúde. Pode esperar que chegaremos aí”, fez questão de destacar.
ELE VOLTOU SORRINDO!
Ele voltou! Depois de um curto período de silêncio, em que sumiu desde que deixou a Prefeitura, Mauro Nazif está de volta. Primeiro, reapareceu nas redes sociais. Agora, concede a primeira entrevista desde que deixou o cargo. Ele falou com o jornalista Vinicius Canova Pires, num papo recheado de bom humor e sorrisos, embora os temas tenham sido dos mais quentes e algumas perguntas tenham colocado o entrevistado contra a parede. Mas Nazif respondeu a tudo. Falou da sua administração, da não reeleição, dos pedidos de impeachment, das relações amistosas com os vereadores, inclusive com os que, teoricamente, deveriam ter feito oposição ao seu governo. Falou também na sua condução coercitiva à Polícia Federal e em temas extremamente complexos. Vale a pena ler a entrevista na íntegra, que será publicada a partir dessa semana, no site Rondônia Dinâmica. É mais um serviço do bom jornalismo prestado aos rondonienses.
A GRANA, ATÉ QUE ENFIM!
Quem anda comemorando – e com razão, porque pegou uma secretaria praticamente sem dinheiro – é Ivonete Gomes, titular da pasta municipal do esporte e lazer. É que na sexta, a deputada Mariana Carvalho se reuniu com ela para anunciar a liberação de recursos de 1 milhão e 500 mil reais, para reforma total do complexo esportivo da área da Escola Padrão, que está atirada às traças há longo tempo. Ivonete tem tirado leite de pedra, praticamente sem dinheiro, para mexer com o esporte na Capital. Apoiada por outros secretários, tem conseguido mobilizações para fazer limpeza em locais para práticas esportivas e promovido alguns eventos. Agora, com a chegada prevista dos primeiros recursos, a prioridade, cumprindo ordens do prefeito Hildon Chaves, será cuidar da revitalização da estrutura esportiva do Colégio Padrão. O ginásio Vinicius Danin, que está com toda a sua estrutura comprometida, depois de um incêndio, também está na relação de obras que Hildon quer ver funcionando ainda durante seu mandato. Espertemos para ver!
POBRE BAIRRO DA LAGOA!
As pesadas chuvas que têm caído no Estado e especialmente na Capital, causam uma série de transtornos e, ao mesmo tempo, prejudicam as tentativas da Prefeitura de, ao menos, manter a cidade com as mínimas condições de limpeza e saneamento. Em alguns bairros, os moradores estão desesperados com a situação que vivem. E não são moradores da periferia. No Bairro da Lagoa, por exemplo, onde há até conjuntos habitacionais de alta qualidade, as péssimas condições das ruas é um fato histórico. E a situação piora muito quando chove. Muitos moradores passam por vezes a noite inteira, retirando água de dentro das suas casas, usando baldas e até bombas se sucção. Outros já perderam a conta das vezes que tiveram que comprar móveis e utilitários domésticos, perdidas a cada enxurrada. O prefeito Hildon Chaves prometeu resolver o problema de uma vez por todas, mas, é claro, só poderá fazê-lo depois que as chuvas pararem. Roberto Sobrinho e Majuro Nazif já fizeram a mesma promessa. Até o governador Confúcio Moura já garantiu apoio do Estado para resolver o caso do bairro da Lagoa. Até agora, ninguém cumpriu a palavra, Será que Hildon cumprirá?
O CASO JOÃO DÓRIA
O clima entre os políticos rondonienses – e do Brasil, no geral – está esquentando. Com a proximidade das eleições gerais de 2018, a disputa será acirrada, entre os nomes já b astante conhecidos da vida pública e os chamados caras novas. Os políticos com história andam assustados, na medida em que muitos deles estão sendo citados em operações da PF, do MP e até condenados, enquanto os novatos chegam cheio de ideias e com a ficha limpíssima. O caso da disputa presidencial é claramente autoexplicativo. Enquanto vários nomes já há anos no cenário nacional estão se digladiando, o novato João Dória corre por fora, com pouco mais de 80 dias à frente da Prefeitura de São Paulo. Em seu partido, o PSDB, poucos falam ainda de Aécio Neves e o preferido da hora, Geraldo Alkmin, é superado facilmente por Dória, na preferência popular. O mesmo fenômeno pode ocorrer nos Estados? Em Rondônia, por exemplo, quem seria o cara nova?
PERGUNTINHA
Será que finalmente temos uma Seleção Brasileira à altura do maior futebol do mundo ou a série de vitórias arrasadoras do time de Tite seria apenas uma nuvem passageira?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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