Não houve solução negociada. Já caminhando para o 52º mês sem conseguir reajuste das tarifas, as empresas de ônibus estão prestes a entrar em colapso. E não conseguiram, da Prefeitura de Porto Velho, qualquer tipo de parceria. Pelo contrário. Desde quando assumiu, o prefeito Mauro Nazif deixou claro que iria fazer de tudo para romper o contrato atual dos ônibus que fazem o transporte diário de milhares de porto velhenses. Tentou pela via judicial e não conseguiu. Criou então uma comissão apenas com representantes indicados pela administração municipal e, no final, decidiu anunciar que o acordo que já dura longos anos, será rompido de forma unilateral. Imediatamente as empresas reagiram, através de dura nota, denunciando perseguição política e até sugerindo suspeitas sobre os motivos que teriam levado a Prefeitura a tomar a decisão que tomou. Ilegal, segundo o SET, Sindicato do sistema de transporte coletivo. Ou seja, o caso ainda vai ter longa caminhada no Judiciário.
O prefeito Mauro Nazif acusa as empresas de não cumprirem acordos feitos de melhorias no sistema. As empresas se defendem, questionando como vão fazê-lo com a mesma tarifa há quatro anos e quatro meses. Denunciam ainda a péssima qualidade de inúmeras ruas por onde os ônibus precisam trafegar e que não têm qualquer apoio do poder público, ao contrário do que acontece em inúmeras cidades brasileiras. Infelizmente, o diálogo acabou. Agora, tudo será decidido nas barras dos tribunais, O que se espera é que a população, usuária do serviço, não seja prejudicada. E que a Prefeitura faça sua parte, melhorando a qualidade das vias e exigindo das futuras empresas que vierem para a Capital, não se sabe quando, o mesmo tipo de tratamento que têm dado às que realizam, atualmente, o serviço de transportar a população.
MAIS VÍTIMAS - Depois das primeiras denúncias do que os Correios andam fazendo com os consumidores, enganando-os, por cobrar pelo Sedex, um serviço que não está prestando corretamente, pelo menos uma dezena de novas reclamações chegaram a essa coluna. Há casos em que um correspondência saiu do Rio de Janeiro em dezembro e até hoje não chegou. Há outro em que a cliente reclama por meses a fio e ninguém sabe explicar onde está a mercadoria que comprou, lhe foi enviada e nunca chegou. Hora do Ministério Público e da Defensoria do Consumidor agirem, antes que o número de vítimas se multiplique ainda mais...
JUIZ RONDONIENSE - O caso do juiz aposentado Mozart Hamilton Bueno, que teve importante passagem pelo Judiciário rondoniense, continua repercutindo em todo o país. Depois de ter recebido há 30 anos a Medalha da Inconfidência, ele a devolveu. Em protesto contra a homenagem que o Governo de Minas Gerais fez ao destrambelhado João Pedro Stédile, o líder do MST que nunca viu uma enxada na vida. Além do ato do juiz Mozart, pelo menos 20 entidades do setor produtivos mineiro publicaram na imprensa do Estado, uma nota de repúdio à medalha entregue à Stédile. O homem só tem mesmo a simpatia dos seus companheiros de partido. Dos petistas, é claro!
CASTIGO POR TRABALHAR - Fiscais da Prefeitura da Capital lacraram o Hotel Aquarius, na Capital, por falta de renovação do alvará. Com a crise do setor hoteleiro no geral (a maioria dos hotéis não consegue chegar nem a 25%¨da lotação, nos últimos meses), a tributação municipal decidiu triplicar o valor do alvará, elevando-o de cerca de 5 mil reais para 15 mil reais. É uma espécie de "castigo" para o Aquarius e todos os hotéis, por funcionarem 24 horas. Ou seja, se não tivessem hóspedes para atender noite e dia, essas empresas pagariam bem menos. Não é uma absurda inversão de valores?
PURA BURRICE! - Aliás, para alguns órgãos de governo em todas as instâncias, as empresas têm que ser exploradas ao máximo, pagando tudo muito mais do que deveriam; elas têm que ser espoliadas e pagar o maior pacote de impostos do mundo. Na semana passada, outra prova por essas terras de Rondon. Uma empresa média de Porto Velho, que pagou em fevereiro 12 mil reais pelo consumo de energia, continuou consumindo o mesmo, mas a conta que recebeu da Eletrobras Rondônia aumentou em 50 por cento em um mês. Passou para 18 mil reais. Parece que querem mesmo acabar com a galinha dos ovos de ouro. Burrice pura!
PAROU TUDO - Frequentadores do Espaço Alternativo (e eles são em número cada vez maior), andam preocupados: as obras estão paralisadas há longo tempo e não há sinal de que recomeçarão tão cedo. Parece que o impasse principal, agora, é burocrático. Faltam documentos que estão sendo exigidos pela área ambiental do município. O risco é de que o que já foi feito comece a ser destruído, incluindo os caros equipamentos colocados a disposição do público. O governo até tem tentando tocar o serviço em frente, mas, ao menos até agora, não tem conseguido.
PERGUNTINHA - Você atentou para o fato de que o quarto mês do ano está terminando e a economia brasileira continua andando para trás, como caranguejo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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