Ao escrever, focalizo sempre, temas relacionados ao convívio com a natureza que nos acolhe dia a dia. Utilizo pensamentos prolixos, às vezes, lições assimiladas daqueles com quem convivi e o faço ainda, verdadeiros mestres e espelhos cristalinos, dos quais busco orientações positivas.
Abasteço-me de experiências doadas pelo tempo, nunca vestidas da perfeição de quem jamais tropeçou, sentiu desânimos ou sentimentos similares. Somos idênticos como criaturas, com probabilidades de nos tornamos anjos ou o inverso deles, angariarmos valores ou ignorá-los apenas.
De uma maneira sutil, olhamos naturalmente para as alturas, como se ali pudéssemos avistar as soluções para os nossos problemas que nunca se arrastam pelo chão despidos de esperanças.
Tenho a convicção de que tudo neste mundo é efêmero, e isso faz-nos levantar a cabeça, acreditar num Deus que permanecerá sempre ao nosso lado, quer seja essa ou aquela crença e fé que nos fortifica.
Às vezes, os pesares insistem em perdurar, as dificuldades se atropelam como veículos desarticulado mas uma força superior, surgida não sabemos como, desponta de forma inesperada. Daí imaginarmos que mesmo o céu está nublado, além dele, predomina o azul celeste com nuvens infinitas.
Tudo o que nos cerca, nos direciona para o caminho mais lógico, e fácil de percorrer, tornando a natureza uma eterna festa, uma explosão de matizes, perfumes e encantos. Não existem inverdades nas coisas criadas pelo Autor do universo, desde a insignificante semente lançada ao solo, até o desenvolvimento empolgante da árvore frondosa capaz de gerar frutos e flores.
Assim como a noite recua para ceder espaço à aurora que desabrocha naturalmente, expulsemos a tristeza, as perdas, decepções e tudo que se relacione com as mesmas.
Nada é exclusivamente nosso, desde a alegria que ilumina a nossa face, a lágrima que umedece os nossos olhos ou se acomoda no nosso íntimo. Seremos sempre proprietários do nosso corpo e mente capazes de receber e doar ao nosso próximo o que de melhor existe em nós, porque ninguém jamais será feliz ou infeliz sozinho.É mais fácil avistar estrelas do que ignorá-las.
Fonte: Zélia Tenório de Araújo - Pedagoga - Jornal O Estadão do Norte
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