Até agora, apenas um dos cinco candidatos ao Governo rondoniense (o petista Padre Ton), abordou um grave problema que temos no Brasil e em Rondônia: o analfabetismo. Que é uma chaga aberta na história de um país, que avança em quase todas as áreas, mas não consegue eliminar essa chaga aberta. E estamos falando apenas no analfabetismo total, porque se contabilizarmos os analfabetos funcionais, aqueles que mal conseguem escrever seus nomes, os números dão um salto quase inimaginável. Há uma década atrás, tínhamos em torno de 155 mil analfabetos em Rondônia. No último censo, eles ainda era mais de 140 mil, ou seja, foi uma década praticamente perdida contra esse câncer social. O próprio Brasil, governado há 10 anos pelo PT do Padre Ton, não cumpriu suas metas de erradicar o problema. Ao contrário: pela primeira vez em décadas, o percentual destes brasileiros excluídos totalmente do conhecimento aumentou e não caiu. Passamos vergonha se nos comparar com alguns dos nossos vizinhos: a taxa na Argentina é de apenas 2,8%; no Paraguai, 6%, no Uruguai, 2%; no Chile, 3,5%. Nossa taxa, superior a 9,5% em termos nacionais, é semelhante a da Bolívia.
Em Rondônia, o percentual é menor que os números pelo país, pois estamos na faixa dos 8,5%, mas ainda temos milhares de pessoas sem acesso a qualquer tipo de conhecimento. Não basta prometer acabar com a taxa de analfabetismo, porque, como em tudo na vida, falar é fácil. O problema é fazer. Lutar duramente contra essa doença grave da sociedade tem que ser questão de honra para todos os postulantes ao governo do Estado. É um assunto pouco tratado. Na disputa Presidencial, por exemplo, não se ouviu uma só palavra sobre o assunto. O fim do analfabetismo tem que ser programa prioritário de governo. Não podemos mais conviver com ele...
TRÊS CONFRONTOS - Antes do primeiro turno, o eleitor terá ainda três chances de acompanhar debates dos candidatos ao Governo. O próximo será em 21 de setembro, um domingo à noite, na Rede TV!. Depois, no dia 26, sexta-feira, ocorrerá o debate, também ao vivo, pela TV Candelária/Record, hoje a maior rede de TV do Estado. No dia 30 de setembro, terça-feira, o último confronto: na TV Rondônia/Globo. Serão as últimas oportunidades para que ainda estiverem indecisos, fazerem sua escolha.
MUDOU DE NOVO! - Num encontro com o superintendente da Fecomércio, Raniery Coelho, o diretor do Dnit, Fabiano Martins Cunha, afirmou que a ponte sobre o rio Madeira será aberta "até o final de setembro". Ué, mas o próprio Dnit já não tinha avisado que a obra seria entregue em solenidade festiva no dia 15? O que poderá ter causado mais um atraso? Quando será que vamos podemos acreditar no Dnit, quando ele anuncia uma data de entrega de uma obra? Ou seja, dá para apostar que será mesmo no final de setembro ou ainda teremos outros adiamentos? Lamentável!
MENOS DÍVIDAS - O índice de endividamento das famílias de Porto Velho chega a 17% e é uma das mais baixas do país, segundo estudo da Fecomércio de São Paulo. Para se ter ideia, as famílias manauaras devem o dobro, comprometendo 34% da renda familiar com dívidas. Na região norte, Porto Velho é a segunda Capital cujas famílias estão devendo menos. Em média, 1.226 reais por mês. Rio Branco, no Acre, tem a menor, pouco mais de 850 reais por famílias. Os dados sobre o comprometimento da renda com contas a pagar, ainda são positivos para os porto velhenses.
PEQUENO AVANÇO - Duas dezenas de prefeitos que foram a Brasília, estão comemorando o 1% a mais no Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, conseguidos numa dura negociação com o governo. Foi ainda confirmado um repasse extra, que depende do tamanho da cidade e vai de 127 mil reais até 8 milhões e 800 mil reais. É um pequeno alento, mas ainda distante do passado recente. Na última década, o FPM diminuiu quase pela metade, deixando as a grande maioria das Prefeituras brasileiras ( e perto de 80% das cidades rondonienses), desesperadas com os minguados recursos federais que recebe.
NADA GRUDA? - É Teflon? Parece que nada de ruim pega em Marina Silva. Mesmo que num dia ela diga uma coisa e, no outro, outra completamente diferente; mesmo que seu projeto econômico seja uma miscelânea tão complexa que até para explicar já é inviável; que suas teorias sobre fontes alternativas de energia pareçam quase infantis; que seja alvos de duras críticas dos opositores, nada pega em dona Marina. Na linguagem do turfe, ela é Pule de Dez para vencer a eleição, para desespero dos petistas e dos tucanos. Será que ela também exigirá ser chamada de Presidenta.
TROCA DE FARPAS - A campanha política chegou com força à Assembleia Legislativa, criando mais uma crise entre Executivo e Legislativo. Mensagem do governo, cobrando mais votações na ALE, irritou os parlamentares. O presidente Hermínio Coelho, candidato à reeleição ao parlamento, bateu duríssimo na mensagem e no governador Confúcio Moura. O mesmo fez Neodi Carlos, candidato a vice na chapa de Expedito Júnior. Outros parlamentares se uniram às críticas. A disputa eleitoral toma conta dos debates também no parlamento rondoniense.
PERGUNTINHA - Será que o norte do Brasil vai, finalmente, ver um dos seus representantes assumindo a Presidência da República?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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