segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA

AO MENOS UMA PORTA ABERTA PARA DEFENDER O CONSUMIDOR

O desrespeito das empresas aéreas para com seus clientes, sob o olhar complacente ( a expressão  correta não seria "olhar cúmplice"?) da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, é o mais claro exemplo de que o direito do consumidor tem sido tratado apenas como mote de discurso. Na vida real, ele não existe. Pois agora o Ministério Público Federal de Rondônia, com o apoio de uma procuradora do MP estadual, decidiu agir. Ao menos para dizer a essas milionárias companhias, que fazem o que querem com seus pobres e sofridos usuários, que pode-se suportar a esculhambação e a exploração até certo ponto, mas daí em diante, tem-se que reagir. O MP ingressou com ação contra a Gol, a TAM, a Avianca e a Azul, empresas que atendem Rondônia e que, pasmem!, aumentaram o preço de suas passagens entre 150%  e até  900 %.Comparando os valores de dezembro e janeiro com os de fevereiro, a Avianca registrou aumento de preços entre 100% e 150%; a Azul, de 350% e 900%; a TAM entre 350% e 700%; e a Gol entre 150% e 400%. Fosse num país sério, quantos executivos destas companhias estariam atrás das grades, com esse aumento canalha e desrespeitoso?
É sempre bom lembrar que estamos no Brasil, onde vale tudo. Mas, de vez em quando, há ainda as portas do Judiciário, do Ministério Público e da imprensa para se bater, porque se depender de leis que realmente combatam esses vergonhosos achaques, sabe-se que nada vai acontecer. Portanto, unamo-nos ao MPF. Todo o consumidor que sofreu esse verdadeiro assalto, tem o dever de denunciar e se aliar a quem está nos defendendo. Chega de ficar bancando os otários, sem reagir. Não basta o MPF se mexer. Nós, consumidores, também temos que fazer nossa parte. E botar a boca no trombone contra esses malandros e seus ataques exagerados aos nossos bolsos.
 INTERNACIONAL? - Aliás, está na hora também dos órgãos fiscalizadores irem ao aeroporto internacional de Porto Velho, que de internacional só tem os abusivos preços cobrados. Um dos únicos aeroportos do país onde não se vê aviões decolar ou aterrissar, a não ser quando já estão perto do pátio de estacionamento, o Jorge Teixeira tem lanchonetes cobrando preços absurdos. Um suco de laranja pequeno, em copo de plástico, custa 6 reais e 50 centavos. Fiscalização zero!
ROMPIMENTO - Nos próximos dias, já se saberá mais detalhes. Mas corre nos bastidores informação importante de que estariam em rota de colisão duas importantes lideranças políticas do Estado, aliadas até há poucos dias atrás. Um destes líderes já teria avisado ao outro que não têm mais interesse na parceria. É coisa grande, daqueles que podem mexer com a estrutura do atual quadro político do Estado. Se não estourar neste final de semana, o caso vai a público em muito breve. Esperemos, pois!
JOGANDO PARA A TORCIDA - Ameaças de sindicatos, notas oficiais agressivas, parecendo chantagem, fariam com que a presidente Dilma se sinta pressionada a ponto de não vir mais a Rondônia, nesta terça? Para ela achar um compromisso de última hora e mudar a agenda é pra já! Não seria mais lógico uma tentativa mais cordial e com diálogo, do que ficar jogando para a torcida, com ameaças que não levam a nada? A transposição é importante, mas receber um dirigente da Nação é um evento único. Dá para se conciliar as duas coisas, com bom senso. Mas, daí, talvez seja pedir demais.
JOGANDO CONTRA - Sem o agronegócio, o PIB brasileiro seria catastrófico. É o setor que ainda mantém o país andando para a frente. A agricultura e a pecuária crescem a níveis muito positivos, enquanto outros segmentos sucumbem. Isso que o governo federal trata o agronegócio, no geral, como inimigo. Apoia invasões (ao não combatê-las) de sem terra, índios e ações agressivas comandadas por ONGs internacionais. Mesmo assim, o setor teima em crescer. Com um governo ao seu lado, o agronegócio colocaria o Brasil entre as quatro maiores economias do mundo.
CRISE DE RIO PARDO - A crise de Rio Pardo, na Reserva Nacional do Bom Futuro, está longe de acabar. Os governos federal e estadual avisaram que toda a área será mantida como reserva  e que os invasores serão retirados. Já a Assembleia Legislativa é contra a saída das famílias. Inclusive serão fornecidas verbas de apoio às comunidades,  para que fiquem onde estão. A disputa é ideológica, política e prática. O Estado, se não apoiar as ações federais, perde recursos. Os deputados não estão nem aí. Querem é que o  povão continue lá. Portanto, o rolo entrou agora para a seara da disputa política.
ERROU, TEM QUE PAGAR! - Nem todos os petistas se voltaram contra a lei e contra o ministro Joaquim Barbosa), por causa da condenação e prisão dos mensaleiros. Um dos fundadores do PT, Olívio Dutra, que foi prefeito e governador do Rio Grande do Sul, apoiou a decisão, alegando que a lei foi desrespeitada e quem pisou nela tem que ser punido. Em Rondônia, outro petista pensa da mesma forma. O deputado estadual Ribamar Araújo repetiu, em entrevista à TV Candelária (vai ao ar neste sábado, 13h290, em rede estadual), que quem cometeu crime tem que pagar. Seja quem for.
PERGUNTINHA - Você ficou com pena do mensaleiro  condenado José Genoino, que se diz um preso político e que renunciou ao mandato de deputado federal?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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