Pode doer no bolso do consumidor, um erro cometido por especialistas de engenharia que resultou em falha na conexão entre a linha de transmissão e as duas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. O caso foi revelado com exclusividade pelo jornal Valor Econômico da última segunda-feira e ganhou repercussão na mídia nacional.
Há de se duvidar o valor do prejuízo contabilizando nesse primeiro momento - R$ 100 milhões - que essa falha pode ter ocasionando, mas é importante o governo federal tomar as devidas providências e instalar uma auditoria. Conforme um relatório produzido por um especialista do governo, se as obras da usina de Jirau não tivessem atrasado, com a destruição do canteiro da obra, no ano passado, o prejuízo poderia ser ainda maior, de mais R$ 500 milhões, porque, mesmo que a energia não chegue às casas dos consumidores, ela teria que ser paga.
O edital de licitação do complexo de linhas de transmissão do complexo de linhas de transmissão, que liga as hidrelétricas do Madeira, até Araraquara (SP), com cerca de 2.375 quilômetros de extensão, não estabeleceu nenhuma especificação sobre os equipamentos que deveriam ser utilizados. Reportagem de ontem do jornal O Globo, informou que as empresas tiveram liberdade para escolher o tipo de material a ser utilizado. Com isso, os sistemas das usinas e do complexo de transmissão são incompatíveis.
O caso requer também uma atenção especial por parte da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal e do próprio Senado Federal e do próprio Senado Federal. O contribuinte jamais pode arcar com esse prejuízo, cometido por falha humana. O governo precisa montar uma equipe rigorosa para acompanhar obras de grande porte, a exemplo dessas usinas. Outros grandes empreendimentos estão em fase de execução no Pará e Mato Grosso. É preciso corrigir essas falhas, caso contrário, quem vai pagar o dívida será o consumidor.
Fonte: Editorial - Jornal Diário da Amazônia.
*Comentário do Blog: Alguém tem dúvida que quem vai pagar os prejuízos somos nós, o contribuinte?
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