POLICIAIS MANDAVAM MATAR SEUS PRÓPRIOS COLEGAS DE FARDA
Corre um fio gelado na espinha, ao se saber da uma trama terrível ocorrida no Rio de Janeiro. Resumo da ópera: dezenas de policiais corruptos, parceiros dos traficantes, davam ordens para que os bandidos atirassem (para matar) em outros PMs que não faziam parte do esquema de corrupção. Terrível, abominável. E, quando se sabe que pelo menos 65 criminosos de farda foram presos, alguns por terem ordenado a morte de policiais decentes, não dá vontade de dizer que é um caso típico em que se deveria aplicar a pena de morte? E esses cruéis assassinos não são um ou dois. São dezenas presos e outros tantos suspeitos de terem ligações com este tipo de crime. Davam ordens diretas para atirar em colegas que não são corruptos ou que estivessem prestes a denunciar os bandidos de farda. Um desses PMs assassinos era cruel, tanto com traficantes que não lhe pagavam a propina exigida quanto com seus colegas de farda. Um tal Sargento Lopes, era temido não só pelos criminosos, a quem matava friamente, se não o pagassem, mas também de seus colegas PMs. A ordem era: o dinheiro da propina ia primeiro para o Sargento Lopes, senão a coisa poderia “feder”. Esse criminoso, fardado, que quase foi eleito vereador na Baixa Fluminense, no Rio, está envolvido na morte de pelo menos 40 bandidos e traficantes. Ele alegava que suas vítimas reagiram à prisão, quando na verdade os matava quando não recebia a propina prometida.
Uma limpeza na podridão a que todos somos submetidos, como povo, tem que começar pelas polícias e pelos políticos. Em alguns casos, infelizmente poucos, já há ações claras contra corruptos e criminosos. Mas nas polícias, isso ainda está longe de acontecer. Bandido fardado é o pior dos bandidos. Portanto, enquanto eles existirem, toda a sociedade corre sérios riscos.
O PT AGE
A grande operação conjunta da Polícia Federal e estadual, que culminou com uma devassa na Prefeitura de Porto Velho e com prisões, afastamento de cargos, bens indisponíveis e a exposição pública de várias autoridades, continua sendo o grande assunto no Estado. Pelo menos 18 pessoas do serviço público municipal foram presas, cinco das quais titulares de secretarias. Muitos dos denunciados são ligados ao Partido dos Trabalhadores. O PT municipal já emitiu nota avisando que suspendeu todos os envolvidos e que, se comprovadas as denúncias, todos serão expulsos.
COISA GRANDE
Quando 155 agentes policiais são mobilizados, quando equipes das polícias federal e da estadual atuam em conjunto com o Ministério Público e vários outros órgãos são mobilizados para uma operação, é porque vem coisa grande por aí. E veio. Em Porto Velho, quase duas dezenas de prisões; três dezenas de mandados de busca e apreensão; afastamento temporário de cargos públicos e outras sanções foram aplicados na operação conjunta que investiga sérias denúncias sobre desvio de recursos na Prefeitura de Porto Velho. E o caso ainda vai longe.
NÃO É A ÚLTIMA
Em menos de um ano, várias operações importantes da polícias do Estado e Federal foram realizadas em Rondônia. Só para lembrar algumas: a Termópilas, que atingiu em cheio o antigo comando da Assembleia; a que envolveu graúdos do Judiciário no caso dos precatórios; uma grande operação que prendeu empresários e funcionários dos Correios, no caso da clonagem de cartões de crédito. E a última – pelo menos até ontem – foi a que implodiu a atual administração municipal de Porto Velho. E vem mais por aí.
SÓ 23 DIAS
O vice-prefeito de Porto Velho, Emerson Castro, que estava bastante afastado da administração municipal nos últimos tempos, assumiu a Prefeitura, depois que a Justiça determinou o afastamento do titular, Roberto Sobrinho. No primeiro ano do segundo mandato, Emerson até que teve alguma participação mais ativa, mas aos poucos foi saindo, até anunciar que restava decidindo deixar a política, senão definitivamente, pelo menos por hora. Vai comandar a cidade – caso a situação de Sobrinho não seja modificada – por apenas 23 dias. Dia 1º, assume o eleito Mauro Nazif.
TE CUIDA, ALUÍZIO!
O professor Aluízio Vidal, que teve boa performance na disputa pela Prefeitura de Porto Velho, multiplicando por seis a média dos que seu partido, o PSOL, tinha (de dois mil para 12 mil votos), pode estar correndo risco. É que o comando nacional do PSOL vai se reunir nos próximos dias para expulsar dois dos seus únicos representantes bons de voto no país: o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá e o prefeito eleito de Macapá, Clécio Luis. Alegação: os dois fizeram aliança com o DEM e o PSDB. O PSOL não aceita aliança com nenhum partido.
INACREDITÁVEL
Em Porto Velho, Aluizio, no segundo turno, fechou com Mauro Nazif. Os malucos do PSOL podem querer prejudicar também a carreira promissora na política dele. Por trás de tudo, estaria uma guerra entre facções do PSOL (impressionante como os partidos de esquerda, mesmo os nanicos como o PSOL, conseguem se dividir) em relação ao nome a ser lançado como candidato à presidência da República em 2014. A ala mais poderosa quer Luciana Genro como candidata. A outra turma quer o senador Randolfe. Dá prá acreditar?
PERGUNTINHA
Qual a operação e quantas prisões a Polícia Federal vai realizar em Rondônia nesta próxima semana?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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