As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas
Os jornalistas sabem que informação é poder. Por isso é importante medir o que dizemos e, sobretudo, a quem dizemos.
Às vezes encontramos pessoas que rompem imediatamente o protocolo e nos transformam em parte integrante de suas vidas. mas o que pode ser entendido como um ato de confiança também envolve riscos: quando nos transformam em sues confidentes, esses indivíduos nos incluem em seu circulo íntimos e nos obrigam a acompanhar sua evolução pessoal. Dito de outra forma: nós nos transformamos em espectadores forçados de um mundo pessoal que até então desconhecíamos.
Além da pressão gerada por ouvir confidências, há o perigo do qual nos previne Nietzsche: o outro pode estar esperando de nós uma atitude de confiança semelhante para, assim, completar o círculo iniciado por ele.
Por tudo isso, é importante sermos cuidadosos ao escutar - reservando o entusiasmo para as pessoas mais íntimas - e ainda mais cuidadosos ao falar.
Fonte: Do Livro Nietzsche para estressados - Alllan Percy
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