domingo, 4 de novembro de 2012

VIDA DE SANTIDADE

Ao falar de santidade, logo nos vêm à mente os santos que a Igreja assim proclamou. Mas a santidade não é algo reservado apenas a algumas pessoas iluminadas. O Vaticano II nos lembra que todo cristão é chamado a ser santo. Jesus, mediante o evangelho das bem-aventuranças, aponta-nos o caminho da santidade e da felicidade. Os santos se deixaram fascinar pelas bem-aventuranças proclamadas por Jesus. Não duvidaram em dar sua nota alegre para compor o que alguém definiu como a "sinfonia dos loucos". Sim, aos olhos da sociedade secularizada do século XXI, as bem-aventuranças são uma proposta para "loucos". Felizes, diz-nos Jesus, se entenderem minhas propostas e conseguirem vivê-las. Felicidade e santidade andam de mãos dadas.

A santidade não só é possível, como já é uma realidade presente entre nós, vivenciada por muita gente. Assim, devemos reconhecer que ela é não apenas algo para o futuro pós-morte - há muitas pessoas que vivem o projeto proposto por Jesus e que podem ser consideradas santas. Não raro se considera que a busca da santidade quer dizer "fuga do mundo". Muitos pensam que, para se tornar santo, é necessário abandonar as preocupações desta vida e se isolar de tudo o que possa atrapalhar o caminho da espiritualidade.

 O Documento de Aparecida esclarece que, ao participar da missão de Jesus, "o discípulo caminha para a santidade. Vivê-la na missão o conduz ao coração do mundo. Por isso, a santidade não é fuga para o intimismo ou para o individualismo religioso, tampouco abandono da realidade urgente dos grandes problemas econômicos, sociais e políticos da América latina e do mundo, e muito menos fuga da realidade para um mundo exclusivamente espiritual" (148). O santo não vive isolado por causa de seu jeito diferente de viver, mas vive a diferença no coletivo, no meio do povo.
Fonte: Pe. Nilo Luza, ssp/O Domingo

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