Novembro será um mês atípico este ano, (além de dezembro) com três feriados. E feriado prolongado é sinônimo de viagem e pé na estrada para muitas pessoas. Por isso, antes de pegar a rodovia, é importante checar se tudo está em perfeitas condições na sua motocicleta e, principalmente, com os seus pneus.
Muitos acreditam que apenas calibrá-los é o suficiente, mas outroscuidados também precisam ser tomados para ter certeza de que terá uma viagem tranquila. Para evitar aborrecimentos, despesas e riscos desnecessários, veja quais são os cinco maiores pecados contra os pneus e o que fazer para evitá-los:
1. Pressão incorreta – Rodar com o pneu abaixo da pressão indicada aumenta a área de contato com o piso, gerando um desgaste mais acelerado nos ombros do pneu (extremidades), torna a direção do veículomais pesada e pode gerar uma eventual desagregação da rodagem (parte que toca o solo) devido ao excesso de calor gerado. Além disso, exige mais esforço do motor, fazendo com que o veículo consuma mais combustível e aumente a poluição. Por outro lado, o excesso de pressão pode causar desgaste mais acentuado no centro da rodagem, perda de estabilidade em curvas, rachaduras na base dos sulcos, maior propensão a estouros por impacto e maior facilidade de penetração de objetos. A pressão correta é a indicada pelo fabricante do veículo e tem grande influência no comportamento dinâmico. Outro ponto importante é não se esquecer de checar as condições do estepe. Recomenda-se colocar até cinco libras a mais do que o normal, já que o pneu reserva nem sempre é calibrado com a mesma frequência.
2. Desgaste excessivo – A profundidade mínima dos sulcos do pneu, indicada pelos TWIs (Tread Wear Indicators), que são “ressaltos” da borracha vistos dentro dos sulcos, é de 1.6 mm de profundidade. Abaixo dessa medida, em qualquer parte dos sulcos, o pneu já passa a ser considerado “careca” e passível de autuação pelas autoridades de trânsito. Um pneu neste estado pode aumentar o risco de aquaplanagem e a perda de controle por parte do motociclista em caso de chuva, pois a pouca ou nenhuma profundidade dos sulcos compromete o escoamento da água que fica entre o pneu e o chão.
3. Riscar o pneu – A prática de “riscar os pneus” (também conhecida como fresar/ressulcar a banda de rodagem) é totalmente condenada pelos fabricantes. Consiste no redesenho da banda de rodagem feito por borracheiros, usando uma lâmina quente própria para esse fim. Ao ter retirada parte da borracha que compõe sua estrutura, deixando por vezes a lona aparente, o pneu perde sua resistência, podendo provocar seu estouro em pleno movimento.
4. Consertos inadequados – Na maioria das vezes, ao consertar um pneu furado, os borracheiros utilizam o chamado “macarrão”, que é um filete de borracha introduzido por meio de uma agulha na perfuração que se quer eliminar, dispensando a desmontagem da roda. Porém, esse recurso deve ser utilizado provisoriamente. A remoção do pneu da roda para a aplicação do conserto permanente permite avaliar a real extensão do dano causado no interior do pneu. Em relação aos danos nas laterais do pneu, o mais indicado é que se substitua o componente, já que não é permitido o reparo nas laterais de pneus.
5. Não fazer a manutenção da suspensão – De nada adianta colocar pneus novos se a suspensão e outras partes da moto não estejam em bom estado. Uma suspensão mal calibrada e com peças desgastadas deixa a moto instável e insegura.
Andar com os pneus sem todas as manutenções deixa o veículo instável e inseguro. É importante lembrar que, de acordo com a resolução 558/80 do Contran, trafegar com pneus carecas é infração grave, com punição de cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127. Além disso, as consequências podem ir desde a suspensão da cobertura por parte das companhias seguradoras.
Fonte: MaxPress / Revista Mundo Moto
Nenhum comentário:
Postar um comentário