Tenho orgulho das marcas que o tempo ainda vai me deixar. Orgulho do meu coração que, mesmo já tendo se desmanchado em mil partes, ainda bate. Orgulho dos meus remendos, das cicatrizes e mesmo das feridas que ainda estão abertas. Orgulho de todos os sinais de que a felicidade passou por aqui. Os joelhos têm marcas, mas as pernas andam. As mãos têm marcas, mas ainda agarram. O coração tem marcas, e ama a cada dia mais. Só aquilo que é verdadeiro é capaz de deixar alguma marca, por isso me orgulho muito de cada ferida curada ou ainda exposta que o meu corpo traga. São os tombos, arranhões, tropeços e decepções que fizeram de mim quem eu sou...
Silvalina Freitas
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