POLÍTICAGEM, IDEOLOGIA, SALÁRIOS BAIXOS:
A EDUCAÇÃO NO BRASIL NÃO É PRIORIDADE
A educação no Brasil vai bem só na conversa. Há uma enorme distância entre o discurso de que o ensino é prioridade nacional e a realidade, com escolas em más condições, alunos desmotivados e abandonando as salas de aula e professores, ganhando no geral salários abaixo dos de empregadas domésticas ou operadores de máquinas em obras públicas. Para piorar, há sempre os oportunistas de plantão, que usam os trabalhadores no setor como massa de manobra e não perdem qualquer chance para faturar politicamente. Não se pode negar que há ações localizadas, esforços de governos, como o de Rondônia, que do ano passado investiu mais de 733 milhões na educação e, em 2012, chegará a mais de 920 milhões gastos, um aumento de 25%. Mas, no geral, o quadro é ainda muito distante daquilo que, por exemplo, o Ministério da Educação alardeia. Aliás, é o mesmo MEC, que dá a orientação nacional para a educação, mas que comete absurdos como distribuir livretos a favor do homossexualismo, ou, ainda, para orientar que escrever e falar errado o português é aceitável. Não se sabe o que é pior: se a politicagem e a ideologia que tomaram conta do ensino brasileiro ou a incompetência na aplicação correta de tanto dinheiro que jorra dos cofres públicos.
Em nosso Estado, mais de 250 mil estudantes estão correndo o risco de perder parte do ano letivo, porque uma greve foi decretada pelo sindicato da categoria. O mesmo, aliás, que orienta a greve municipal, em Porto Velho. Na República Sindicalista, os interesses político-eleitorais são colocados acima de quaisquer outros. Que os professores ganham salários ridículos, não se contesta. Mas que eles são usados para fazer política sindicalista, também não. Enquanto isso, no meio de tanta confusão e falta de respeito para com a sociedade, resta-nos apenas sonhar que um dia os discursos de palanque, de que a educação é prioridade para o país, se tornem realidade.
QUINTETO
Mauro Nazif, Miguel de Souza, Lindomar Garçon e Miriam Saldaña: não necessariamente nessa ordem, mas esses quatro nomes são praticamente certos na disputa pela maior Prefeitura do Estado. Falta ainda um nome forte do PMDB, para compor o quinteto com maiores chances. Há ainda pelo menos mais oito pré-candidatos sendo cogitados, mas, na hora H, ficarão esses e talvez mais um do PSOL, para marcar presença.
FALTA UM NOME
O PDT fala em lançar candidatura própria. Tem como primeira opção o homem de TV, Dalton di Franco. Mas o professor Mário Jorge, como em todas as eleições, também é citado. Contudo, se não houver surpresa de última hora, o PDT vai mesmo é ser coadjuvante em alguma aliança que tenha chances de ganhar a Prefeitura. Não tem nomes com densidade eleitoral para chegar lá. Pelo menos, até agora.
SERÁ POSSÍVEL?
Conversa de bastidores é comum nesse período em que as candidaturas ainda não estão postas. A última é que o senador Valdir Raupp estaria se aproximando de ninguém menos que Fátima Cleide, do PT. Claro que todo o mundo nega, mas a história já andou percorrendo corredores e rodinhas de papos sobre a sucessão municipal em Porto Velho. Difícil, mas como tudo na política, não é impossível.
MORTE À IMPRENSA!
Só neste ano, quatro jornalistas foram assassinados no Brasil. Em regiões diferentes. Um deles aqui pertinho, em Manaus. Todos denunciavam políticos corruptos, policiais envolvidos com criminosos e traficantes e o tráfico de drogas, que campeia livremente em algumas cidades. Eram nomes desconhecidos nacionalmente, quase anônimos e suas mortes, até agora, só foram denunciadas pela TV Record. Nenhum dos assassinatos foi esclarecido. Tem muita gente tentando calar a imprensa para continuar com suas sacanagens.
PORTA ABERTA
Para não se gastar tanto, seria muito mais fácil deixar abertas as celas e portões dos presídios de Porto Velho. Só no carnaval, mais de uma dezena e meia de presos fugiram, na maior moleza. Para que pagar guardas e investir tanto, se os caras – alguns de alta periculosidade – saem da cadeia como bem entendem e a na hora que querem? Está uma brincadeira essa situação, principalmente no Urso Panda. Mas o Urso Branco não fica muito para trás.
A VEZ DE BRITO
A comunidade de Pimenta Bueno terá chance de eleger, em outubro, seu novo prefeito. Um dos nomes para cotados é o de Brito do Incra, ficha limpíssima e que, mesmo com enormes votações, tem ficado fora dos parlamentos por causa de cociente eleitoral. Brito vai disputar o comando da sua cidade e tem sido apontado como um dos nomes mais quentes na corrida. Seus partidários acham que dessa vez, não tem lei eleitoral nem cálculos sobre coligações que o tirem do páreo.
OLHO NOS MILICOS
Há incômodo na caserna, por causa da decisão de revisar a Lei de Anistia e criar a Comissão da Verdade, por parte do governo do PT. Por enquanto, a reação mais dura veio dos oficiais da reserva, que criticaram duramente as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci, da Secretaria das Mulheres. Raramente a turma da reserva se pronuncia sem o aval dos que estão na ativa. É bom todo o mundo se preocupar. Mexer com milico é um perigo!
NINGUÉM SAIU
Tanto no governo como na Prefeitura da Capital, os pré-candidatos de outubro continuam firmes em seus cargos. Eles têm até abril para sair, caso decidam mesmo concorrer. Na turma de Confúcio, há candidatos à prefeituras e Câmaras Municipais. Em Porto Velho, vários secretários de Roberto Sobrinho também vão disputar vagas no legislativo municipal. E Miriam Saldaña, sua chefe de gabinete, deve concorrer à sucessão do próprio Sobrinho.
PERGUNTINHA
Com tanta chuva que cai em Rondônia e no Acre, não seria bom começar a construir uma Arca, pelo menos para salvar o que for possível?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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