A amizade de seis mulheres que acompanhavam encontros de motociclistas pelo Brasil fez surgir, em dezembro de 1997, a associação Garotas do Asfalto S.A, em São Paulo/SP.
O principal objetivo deste motoclube feminino é prestigiar festas e encontros motociclísticos no Brasil e no exterior, além de trabalhar como instituição filantrópica, promovendo eventos e atividades beneficentes para entidades carentes.
Segundo a presidente Márcia Regina, vários motoclubes, inclusive os que só aceitavam homens como integrantes, e revistas especializadas em motociclismo foram unânimes em aprovar as Garotas do Asfalto como o primeiro motoclube exclusivamente feminino, mesmo se tratando de uma associação e não exatamente de um motoclube.
“Não existia nenhum grupo de motociclistas formado por mulheres em 1997, e o público feminino não expressava sua opinião. Foi quando eu e mais cinco amigas resolvemos mostrar que as mulheres são capazes, possuem o mesmo direito e a mesma voz”, afirma Márcia.
O grupo foi crescendo de maneira criteriosa. Basta apenas as aspirantes terem boa reputação e gostarem realmente do meio para serem aprovadas pela maioria do grupo.
O que a família pensa?
De acordo com Marcia Regina, os familiares apoiam e até convivem no meio delas. Algumas casaram e terminaram abrindo mão totalmente da vida sobre duas rodas, outras não se dedicam tanto como antes, mas estão sempre ligadas à associação. “Amadurecemos bastante de uns anos para cá. Passamos a assumir responsabilidades e não deixamos de lado a família”, explica a presidente.
O lema das Garotas do Asfalto é conquistar e manter amigos, ideia que elas fazem questão de defender, o que resulta na forte união entre as integrantes. As garotas são bastante elogiadas pela atitude por quem as conhece, e não passam despercebidas, sempre buscam deixar uma ótima impressão no mundo das motos, conquistando, com dignidade e respeito, cada vez mais espaço para a mulher
“Para entrar no meio motociclistico, a mulher deve se dar o respeito para ser respeitada. O importante é curtir com liberdade e não com libertinagem”, diz Márcia.
Pensando no próximo!
As Garotas do Asfalto colaboram com doações a várias entidades carentes, entre elas a Casa de Assistência Filadélfia (CAF), entidade voltada às crianças soropositivo. As visitas ocorrem aproximadamente a cada dois meses, nas quais são realizados almoços, lanches e brincadeiras com as crianças. “O principal objetivo é ajudar a quem precisa, sem pensar duas vezes. Queremos que as crianças não vençam apenas a doença, mas também o preconceito”, afirma Márcia Regina.
Fonte: Jornal MotoVrum
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