A deputada Cidinha Campos, do PDT do Rio de Janeiro, disse, na tribuna da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o que todo o brasileiro decente gostaria de dizer. Está na You Tube um discurso dela, de pouco mais de seis minutos. Mas foram os seis minutos mais arrasadores, mais veementes, mais decentes que se ouviu em qualquer parlamento, seja no Congresso, sejam nas Assembleias Legislativas desse país nas últimas décadas. Tem que ter ficha limpa, ser inatingível pela roubalheira e falta de vergonha que grassa no meio político, para dizer o que a famosa Cidinha Campos disse, aos brados, nos microfones da Casa de Leis carioca, para um grupo assustado (apavorado?) de companheiros seus, que, é claro, se calaram ante todas as denúncias que ela apresentou. E tem que ter muita coragem. Ela encheu a boca e falou com todas as letras: “o DNA da corrupção está tomando conta do Brasil; a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro é um antro vergonhoso de ladroagem, corrupção e roubalheira; as indicações para o Tribunal de Contas ignoram o passado de crimes dos indicados”; Tudo isso, resumido mas entre aspas, para ficar bem claro o tom do seu discurso. E disse mais: que não compreende como todos os deputados, mesmo vendo colegas acusados de vários crimes se lançarem a postos como conselheiros do TCE, calam-se, como se os candidatos ao posto fossem pessoas de bem e de vida ilibada, como exige-se para tal posto.
Cidinha Campos é uma mulher com coragem suficiente para dizer, com todas as letras, o que o brasileiro comum está pensando, nesse momento, da classe política, ressalvadas as exceções de sempre. Infelizmente é impossível transcrever todas as suas palavras num espaço tão curto. Mas todos os que têm acesso à internet devem procurar o vídeo e ouvir o que essa mulher indignada disse, diretamente aos seus colegas, dentro da Assembleia do Rio. Certamente, depois de vê-la, todas as pessoas de bem se emocionarão e ficarão com a vontade aplaudir de pé. Dá-lhe, Cidinha!
CORTANDO FUNDO
Já começou, agora mais profunda, a reforma na estrutura de poder no governo. Trocas em importantes posições foram concretizadas. Mas vem muito mais. Uma delas, será a mudança na Casa Civil, que absorverá vários serviços internos do Palácio Presidente Vargas. Vários postos, hoje importantes, serão extintos. Os donos dos cargos de comando serão remanejados, mas muitos CDs vão ficar pelo caminho. As mudanças vão até meados de fevereiro próximo.
MAIS UM POUCO
Pelo menos em algumas cidades do interior, soldados do Exército continuarão no Estado, ajudando a fazer segurança, mesmo com o fim da greve da PM. O secretário Marcelo Bessa, da segurança pública, pretende que a Força Nacional fique em Rondônia pelo menos até o final do ano. A população, que se sente mais segura com os verde-oliva, quer que eles fiquem mais tempo.
BEM À FRENTE
O nome do deputado estadual Jesualdo Pires, pré candidato à Prefeitura de Ji-Paraná, só cresce em todas as pesquisas. Jesualdo, cumprindo seu segundo mandato na Assembleia, é daqueles nomes que, se não houver nenhuma surpresa de última hora, tem tudo para chegar ao comando da segunda maior cidade do Estado. Tem história, serviços prestados e ficha limpa. Vai longe.
LAVA E CINZAS
O jornalista Carlos Sperança encontrou uma definição perfeita para o período pós greves e conflitos. Escreveu que Rondônia é um vulcão em repouso, mas prestes a entrar em erupção a qualquer momento. Com seu talento e criatividade, Sperança resumiu, em pouquíssimas palavras, a realidade do nosso Estado e da sua vida política. De uma hora para hora, pode jorrar lava e cinzas vulcânicas de novo.
ALVO ERRADO
Ada Dantas, esposa do PM Jesuino Boabad, líder da greve dos policiais militares, publicou longo texto em alguns sites, culpando principalmente a imprensa pelo insucesso do movimento. Dona Ada diz que a imprensa, como um todo, só ouviu um lado da questão e jogou a opinião pública contra a categoria.
PAVOR POPULAR
Errou feio, a primeira dama da greve. Quem mobilizou a imprensa para pedir socorro foi a população, apavorada com a greve e com o grande perigo a que ela, coletividade, ficou exposta. A sugestão é de que líder das mulheres dos PMs colha uma só opinião a favor da paralização, que não seja de gente ligada aos que pararam de cuidar da segurança dos rondonienses. Não encontrará...
FICA ONDE ESTÁ
A decisão sobre como ficará, em definitivo, o comando da Assembleia Legislativa, só estará na pauta depois do recesso. Pelo Regimento Interno, José Hermínio Coelho fica onde está. Mas há movimentação para que seja encontrada uma brecha que permita eleição de nova Mesa Diretora. Até o final do ano e reinício dos trabalhos, em fevereiro, nada muda.
PERGUNTINHA
O que os governos vão fazer para devolver em serviços públicos com os quase 1 trilhão e meio de reais que arrecadaram em impostos neste ano?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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